Lembro de Eu, Robô de Isaac Asimov. A história de uma máquina sem alma ou humanidade que, no entanto, se encanta por essas características humanas. O jovem robô de IA – Inteligência Artificial também é uma boa metáfora.

Pode ser que nós humanos não sejamos muito diferentes dos animais e que essa história toda de Deus, alma e consciência seja apenas um tipo de efeito colateral da evolução que nos deu um cérebro com poder de processamento ocioso como sugere Gaarder em Maya.

Acontece que há um ponto em que não importa mais se inventamos Deus ou se ele realmente existe. O fato é que temos consciência ou, para voltar ao lugar comum, pensamos, logo existimos ou ainda, para atualizar um pouco esse lugar comum… Questionamos, logo existimos.

É bem provável que um ancestral nosso tenha subitamente olhado ao redor ao se sentir totalmente seguro e tenha refletido “já comi, já fiz sexo, já corri com meus irmãos, já atirei frutas nas feras, mas ainda sinto necessidade de mais alguma coisa…”

Também é bem provável que outros animais estejam seguindo essa estrada e que venham a ser parecidos conosco em algumas dezenas de milhares de anos.

Aquele nosso ancestral pode ter pensado que o que lhe faltava era poder. Séculos depois pode ter pensado que era prestígio e, ao perceber a morte como fim de tudo pode ter pensado em Deuses.

Imagino que nossos primeiros impulsos espirituais tenham sido bem mesquinhos e egoístas e Deus teve pouco a ver com isso.

No entanto ao começar a questionar demos um passo numa estrada de mão única. A cada passo descobrimos e expandimos mais nossa consciência. Pode até ser que estejamos nos aproximando de uma outra consciência ou, quem sabe, da fonte de todas as consciências?

Cientificamente falando “fonte de todas as consciências” não faz muito sentido, mas quem sabe? Até uns 40 anos Universo de 11 dimensões não fazia mais sentido que isso.

Seja como for estamos mais longe de uma suposta fonte de todas as consciência do que da compreensão da teoria das cordas, entretanto o caminho está bem aqui diante de nós:

QUESTIONAMENTO

Descrença, dúvida, questionamento e muita humildade são os instrumentos que podemos usar para buscar o Pó, já fé, certeza e dogmas nos prendem à visão que os antigos, menos inteligentes e conscientes que nós, foram capazes de construir.

Este post pode ter ficado um pouco repetitivo, mas achei importante definir as nossas ferramentas.

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