Faz um tempinho que ouvi um comentário sobre a ausência da imprensa nos episódios 1, 2 e 3 de Guerra nas Estrelas.
Tá, muita gente não leva coisas como Guerra nas Estrelas a sério porque história de fantasia e de espaço é para crianças. Diga isso a Shakespeare, Jonh Milton, Cervantes, Borges… Para cada obra imortal realista há cinco de fantasia. Deve haver uma razão para isso, né? Qualquer dia falo sobre minhas ideias a respeito.
O fato é que lá estão Matrix, Guerra nas Estrelas e até Jornada nas Estrelas, ícones se tornando imortais no imaginário. Mas sem qualquer presença da mídia… Os heróis estão acima dos outros mortais e agem livres dos olhares públicos. É uma visão de mundo bem simplória e nesse aspecto concordo que são histórias meio infantis.
Em grande parte talvez isso aconteça porque somente nas últimas décadas temos nos preocupado em participar do que os heróis fazem no governo e nas cúpulas das grandes corporações. Antes de Senhor dos Anéis e dos pequenos Hobbits que se metem nos assuntos dos cachorros grandes todos nos limitávamos um pouco a votar em nossos heróis, mas estou perdendo o rumo…
Creio que os mundos imaginários da ficção só começaram a incluir a mídia na década de 90 quando surgiu Babylon 5 e mais recentemente com a nova versão de Galactica.
São coisas assim que, ao meu ver, indicam o lento, mas inexorável, amadurecimento da nossa civilização.
A mídia é um personagem importantíssimo de qualquer sociedade democrática (e caminhamos para um mundo de sociedades democráticas) pois cabe a ela levar o conhecimento ao povo que se torna cada vez mais personagem ativo.
Manipulações da mídia são, portanto, uma das grandes ameaças à liberdade e aos nossos direitos. Isso é intensamente abordado em Babylon 5 e, com algumas diferenças, em Galactica. Em que outos programas modernos a mídia é vista sob um olhar crírico?
Pode ser que você esteja se perguntando o que tudo isso tem a ver com a Carta Maior e me criticando por um artigo fora dos padrões jornalísticos. Bem, primeiro que não sou jornalista, segundo que gosto de escrever assim, traçando ligações inesperadas e, terceiro, que vou dizer agora o que tudo isso tem a ver com a Carta Maior.
Há quem acredite (e me incluo entre esses) que a mídia está dividida em dois grupos. Um comprometido com os recursos de investidores (anunciantes por exemplo) que seguem uma agenda bem suspeita e outro grupo que procura fazer jornalismo independente e crítico.
A Carta Maior é um dos mais conhecidos desse segundo grupo e esteve prestes a encerrar suas atividades devido a problemas financeiros. Não surpreende, mas preocupa, não é?
Sem uma boa mídia somos reduzidos a massa de manobra entre os interesses dos Imperadores Sith ou da Federação dos Planetas Unidos.
Essa é uma boa oportunidade para visitar a agência Carta Maior e se cadastrar em seu boletim por email.
P.S.: Não confundir com a revista Carta Capital, também excelente, mas até onde sei sem ligações com a Carta Maior.
Pois Roney, concordo contigo… tem os idealistas e os vendidos. Fcil prever quem vai sair do jogo por falta de recursos, no ! Penso que infelizmente vivemos uma poca onde as grandes corporaes dominam tudo, ou pelo menos quase tudo.
propaganda em cima de propaganda, lanamentos atrs de lanamentos, e a mdia em festa, tentando convencer o povo a comprar, seja produtos ou idias. So as grandes corporaes que financiam pesado as campanhas eleitorais. So as mesmas que compram espao publicitrio na mdia. So elas novamente que convidam jornalistas, pagam viagem e enchem eles de badulaques, pra fazer uma matria qualquer.
E grandes corporaes no so exatamente o que se pode chamar de sociedades democrticas. So pura hierarquia, por mais que se tente maquiar isso com programas de valorizao do funcionrio, opinies, e todo esse blahblahblah corporativo. E o pior, so escravas dos acionistas, que “exigem” taxas de retorno irreais, levando-as a aumentar o jogo com a mdia….
No sei se voc tem a mesma impresso, mas aqui do cantinho da minha ignorncia acho que a vida de uma forma geral vai se acelerando de uma tal forma (tem que se acelerar, seno como ter essa taxa de retorno? tem que “girar” tudo mais rpido) que daqui a pouco entraremos em colapso.
Smallville tem paparazzo, serve? :)
Voc tocou em um ponto importante: as corporaes financiam campanhas polticas. Nem vou me estender nisso para no fugir muito do tema do post, mas para quem o poltico trabalha? Para ns ou para as corporaes que financiam suas campanhas milionrias? Sobre isso posso indicar duas fontes muito boas de informao: s Claras (clique em doadores) e The Corporation.
Tem gente que reclama comigo por usar histrias em quadrinhos, anims e histrias de fico cientfica ou de fantasia (como Senhor dos Anis ou A Bssola Dourada) como exemplo, mas fao isso por dois motivos. Um para mostrar que h bom material para ajudar a formar nossas crianas e segundo para mostrar que a coisa no complicada. L vou eu! ;-)
“As Corporaes so o monstro do futuro”, isso de Bubblegum Crisis, um anime que passava na Locomotion (que virou Animax e foi domesticada).
Um cara chamado Guy Debord j alertava em Sociedade do Espetculo para os riscos do domnio pelas corporaes, mas enquanto houver uma mdia trabalhando para os humanos e no para os monstros do futuro haver uma via para revelar e resolver nossos problemas com a violncia, a crise da moral, as transformaes climticas e a crise da cultura.
O problema que esta mdia escrita para pessoas est sob o ataque constante de uma civilizao indecisa diante de uma encruzilhada. No creio nas teorias da conspirao, acho que nosso problema basicamente confuso mesmo…
Oi Eric!!
Hehehe!! , Vilinha tem a Cloe que jornalista e um certo foco no jornalismo j que o prprio super-retardado ser um reprter no futuro! Mas vamos combinar que Smallville uma verso mais novelizada de Power Rangers!!! Todo dia tem um monstro do dia que bate no super-menino e acaba sendo rechaado no final! S falta o rob gigante!! ;-)