Imagine um sujeito gordinho, com alguns cabelos brancos, óculos, uma camisa de malha, uma calça de brim. Imagine o tal sujeito descabelado e arrancando uns cabelos da cabeça que já não tem um suprimento farto deles.
Este sou eu! Ou deveria ser… Agosto precisa chegar logo, e com ele o tempo para cuidar de tudo que tenho para fazer.
O bom da história é que tive um dia ótimo. Não trabalhei como pretendia, como precisava, mas demos um pulinho rápido numa maternidade para ver uma nova humana que vem empilhar seus palitinhos nesse enorme castelo que é a nossa civilização. Bem, pode ser também que ela fique sentada olhando ou que atrapalhe os outros, mas algo me diz que esta geração será muito mais empenhada que a nossa, afinal somos as crianças da ditadura que terminou mesmo em 89, né? Não fomos criados em um ambiente generalizado de participação social…
Aham… Era para deixar este tipo de papo lá para o Multiply.
O dia foi ótimo porque depois da rápida visita fomos com dois grandes amigos (Gustavo, Carol) e uma pequena amiga (Isadora) bater papo e almoçar.
Quem me conhece sabe como adoro cuidar de criança – a Isadora é uma senhora de 1 ano e 7 meses – e isto já bastaria para me deixar apalermado e o bom bate papo com os amigos só melhora tudo.
Ah! Hoje também recebi o link para um vídeo muito bom. Chama-se Sociedade do Automóvel. Vá ver. Não fui eu que fiz, mas vou colocar no Google Video também.
Tudo é interessante, mas no momento o que mais me chamou a atenção foi algo que se diz de passagem ao longo dos 38′ de filme:
“Quando o transporte público está ruim compramos carros, se a saúde pública está ruim fazemos planos de saúde, em vez de cobrar uma política se segurança eficaz compramos armas, blindamos carros e instalamos sistemas de segurança.”
Isso é muito sério… Não é assunto para este blog – como disse eu deixo isso para o Multiply – mas aqui esbarram perto de mil pessoas por dia e acho que é meu dever cívico dizer…
A gente não pode deixar a nossa raiva da falta de competência e honestidade da nossa classe política matar nossa disposição. Temos que nos mobilizar já para exigir diariamente (e não só a cada eleição) que a máquina estatal cumpra o seu dever.