Advertência (mar/2020): Esse post contém preconceito e elitismo dos quais não me orgulho e que espero estar me libertando diariamente.

De tudo tem um pouco. Neste mundo tem um pouco de tudo.

Tem gente que odeia multidão e as correrias das grandes metrópoles, tem os que se arrepiam ao pensar na paz do campo e amam o caos fumacento do centro da cidade.

Bem, tem os meio-termo também, é claro. Indecisos que preferiam não se acotovelar com outros pedestres, mas espiam surpresos a correnteza de pessoas fluindo entre cada pequena rua como um tipo de corrente sanguínea.

Identificar um “meio-termo” é fácil: são os de olhar distante e abobado que parecem se perguntar sobre a natureza de cada pessoa na grande corrente.

“Aquele ali é um glóbulo branco.” – pensa.

“Ah! Um corpo estranho” – enquanto olha um sujeito que certamente aprontará confusão.

“E aquele, no máximo uma célula epitelial morta” – acompanhando a rotina de um mendigo.

E ele? Que raios será ele ali parado no meio do movimento?