É mais fácil governar aqueles que não pensam, ou melhor, que acham que pensam

Advertência: 8 anos depois (esse parágrafo está sendo escrito em 29 de outubro de 2020, no início da pandemia de covid-19) percebo que imagens e perguntas como essa foram usadas da pior forma possível, para sugerir que a escola é inimiga do livre pensamento quando os vilões na verdade estão escondidos nas redes sociais e mensageiros instantâneos manipulando nossos medos e crenças.

Chegou na minha TL com a pergunta “E como se muda isso? “

Cara… Acho que consegui pensar em uns 3% da resposta e precisaria de um livro para isso… E pode estar errado ;)

No entanto acho que temos, no mínimo, que arriscar uma ou duas opiniões pequenas, mas claras…

Tenho umas bandeiras… Aliás tenho tentado pensar em umas 3 ou 4 coisas que seriam um tipo de teoria do campo unificado do desenvolvimento humano, coisas capazes de nos transformar totalmente.

Uma delas é passarmos a ver as diferenças com com êxtase e não como algo a ser tolerado, afinal tolerância não passa de intolerância adestrada. Se admiramos as diferenças a ponto de nos deslumbrarmos com elas estamos a caminho de uma sociedade mais rica em cores e formas.

Outra é perceber que emoção não é antônimo de razão e é uma ótima guia, mas péssima líder. Temos que aprender a viver nossas emoções e entender que elas falam sobre nós e não sobre o mundo: se algo te incomoda ou alegra isso não diz que essa coisa é ruim ou boa, diz que você é de tal forma que acha essas coisas ruins ou boas para você.

Mais importante ainda… A emoção, colocada no status de “sabedoria divina” destrói o que temos de mais divino – se é que temos algo de divino – que é a razão.

Essa seria a minha terceira chave: saber usar a razão. Entender que as falácias são caminhos para desastres (e que só perseguimos as falácias nos momentos que estamos lidando mal com nossas emoções).

Quando falo em usar a razão muitas pessoas dizem que ser humano é ter emoções, mas retorno lá ao começo: só há rivalidade entre emoção e razão quando uma das duas (geralmente a primeira) está doente.

E agora? Como aplicar isso à educação? Ensino de metodologia científica? Uma nova cadeira escolar sobre emoções?

Isso sem falar em como seria bom ter o ensino de mitologias (incluindo a judaico-cristã) e filosofia, metodologias diferentes de ensino e outros 97% de coisas em que nem estou qualificado para pensar…