Esse blog agora faz parte do Fediverso!

Talvez você esteja dizendo “Ah! Que legal!! Err… Fediverso????”

Felizmente já andei escrevendo sobre isso em outro blog no post “Redes federadas e o futuro da Internet social”.

Vamos resumir, né? Mas antes: contexto!

A Internet é social há muuuuito tempo, na verdade antes mesmo da Internet o ciberspaço já era social. Foi na década de 90, a era dos BBS, que eram pessoas que criavam em suas casas nos próprios computadores, pequenas redes sociais. Pesquisa aí CentroIn, Mandic e tinha até o IPI, que era protestante.

Até 2010 mais ou menos as redes sociais online foram se alternando: IRC, MySpace, Orkut, Multiply, Facebook, Twitter… Mais ou menos na ordem cronológica. A essas alturas já eram empresas que mantinham essas redes ainda sem saber como retirar lucro delas.

Por mais de 20 anos as redes sociais foram um lugar online onde a gente encontrava velhas amizades e fazia novas, onde nos mobilizávamos e nos apoiávamos mutuamente.

Ai, nos últimos 10 anos mais ou menos, deu ruim!

A forma que as empresas acharam para ter lucro com as redes sociais que tinham construído foi transformá-las em mídias sociais, ou seja, lugares onde o produto é a nossa atenção e que fazem de tudo para nos manter lá.

É muito diferente de um restaurante que os garçons vem nos laçar na rua ou um canal de TV ou streaming catando os programas que vão prender o máximo de pessoas pelo máximo de tempo (o que já é ruim porque abafa criações mais ousadas, inovadoras, instigantes). Eles tem O Algoritmo uhhhhhh (som fantasmagórico) que vai aprendendo a nos deixar em um estado constante de alerta, de FOMO (medo de estar perdendo alguma coisa), de raiva…

Caras, redes sociais eram tão legais, mas tão legais!!! E mídias sociais estão cada vez tão, mas tão ruins…

Ainda dá para ter algum convívio por elas e, afinal, são lotadas de gente e quase todo mundo está lá.

Eu não estou mais. Cansei sabe? De sentir o tempo todo que estava lutando contra uma corrente que me leva para águas frias e assustadoras e que ainda me afasta das pessoas que me fazem melhor porque o algoritmo percebeu que as pessoas que nos deixam tensas nos prendem mais naquela mídia.

Hoje ainda olho alguns stories no Instagram, mas estou fazendo novas amizades e reencontrando antigas no Mastodon, que é a parte do Fediverso que parece com o Twitter, que era minha rede favorita, mas acabou, virou X e é controlada por uma pessoa que parece empenhada em levar o que há de pior para lá.

Finalmente: o Fediverso!

Assim como os bons e velhos BBS, mantidos voluntariamente por pessoas que gostavam de mediar o encontro de pessoas e o fluxo de ideias, notícias, diálogos, o fediverso é majoritariamente mantido pelo mesmo tipo de gente.

É como um arquipélago de pequenas ilhas, geralmente com umas poucas centenas de pessoas, que são interligadas de tal forma que parecem uma coisa só.

A gente chama as ilhas de instâncias, certo?

Como tem pouca gente em cada instância é muito mais fácil moderar, mas também é muito mais difícil ter necessidade de moderação porque redes sociais não tem a toxidade das mídias sociais, entende? O espírito é outro, é o encontro, a troca. E o foco é na mensagem e não no ego (claro que ainda existe ego, né? Mas não é o foco).

Cada instância pode ter um jeito de ser. Muitas são similares ao Twitter, outras ao Instagram, ao YouTube e tem até instância para troca de links interessantes (inspiradas no saudoso Del.Icio.us).

Pela mágica dos plugins agora esse blog aqui é como se fosse uma ilha, digo, uma instância tipo blog. Se tudo der certo esse post aparecerá no perfil @Roneyb@www.roney.com.br ao alcance de qq pessoa no Fediverso.

Foto de Duy Pham na Unsplash