Este post e o anterior deveriam estar no site da minha empresa (i4B), mas como ele está parado enquanto penso em uma nova estrutura para ele…

Ontem dei uma fórmula supostamente simples para a ideia de conhecimento livre funcionar no mundo capitalista em que vivemos, mas tem uma coisa que deixei de citar: as corporações, estes monstros do presente!

Na década de sessenta a televisão estava cheia de monstros! Os do Ultraseven, do Civil e os do Vésper só para citar alguns. O tempo passou e ainda tem uns monstrinhos bobos lá na telinha, mas fomos capazes de construir monstros de verdade fora dela: as mega-corporações modernas.

Atrás de um esquema de corrupção há pessoas, atrás do tráfico de drogas há pessoas, entretanto construimos empresas como se fossem entidades autônomas, organismos criados para sobreviver aos seus fundadores humanos.

O problema é que uma empresa é um tipo de câncer que precisa sempre de mais lucro, de mais mercado, de mais divisas. Além disso ela não respira, não come, não precisa se inserir em um ecossistema.

O tema é meio complexo e não pode ser esgotado nem aqui nem em um artigo que escrevi em algum texto antigo aqui mesmo no site, mas basta lembrar que temos estudos mostrando como indivíduos agem diferente quando inseridos em grupos, eles são como que conduzidos pela consciência coletiva.

Falando assim parece que sou contra as empresas, não sou! Contesto apenas sua estrutura atual: um organismo que consome energia humana para crescer indefinidamente (como seria bom se o filme Matrix tivesse sido capaz de passar esta mensagem!).

Apontar problemas em indicar soluções é sacanagem! Correndo o risco de errar o alvo vou me arriscar a uma sugestão.

Na era do conhecimento precisamos de um novo modelo de empresa que não esteja centrada na produção e no lucro, mas sim na qualidade e divisão dos lucros com os seus colaboradores (funcionários) e vizinhos (outras empresas e meio ambiente incluindo as pessoas dentro dele). Falo de um modelo parecido com o das ongs.

Bom, é apenas um esboço da ideia, o assunto merece alguns livros!