Trinta de novembro de 2017 escrevi o post anterior a esse e coloquei o blog em manutenção com seus mais de 2.000 posts porque ao longo dos seus 16 anos de vida ele juntou uns bugs que acho que ninguém nota, mas me incomodam.
A intenção era consertar e colocar no ar de novo rapidinho e… 11 meses se passaram.

Você sabe como é: trabalho, distrações e, claro, foi uma descida desembalada por uma ladeira acidentada que terminou em uma das mais terríveis eleições do nosso país.

Também me deprimi um pouco, mas eu tenho esse dispositivo que é o contrário da depressão clínica: quando as coisas parecem horríveis eu encontro ânimo redobrado e é o que está rolando agora.

Vamos sacudir a poeira.

Principalmente porque o mundo não gira em torno de nós, tem outras pessoas que se sentem melhor ou pior de acordo com o estado em que nós estamos… Mesmo que você não ache que é um exemplo para alguém, provavelmente você é.

Então o que vou fazer?

Reativar esse blog está sendo a última das minhas medidas. Já voltei a fazer vídeos para o canal no YouTube (deve ir ao ar até quarta), estou escrevendo mais no meu blog sobre cibercultura, o Meme de Carbono, aparecendo mais no Twitter e guardando mais coisas no clipping. Ou seja, não vou fazer, tô fazendo. É bom começar antes de falar com as pessoas que vai agir, né? Ah! Tem o Instagram também.

Em todo lugar que publico procuro trazer reflexões, convidar para mudar os nossos pontos de visão, experimentar outro viés, desenvolver a empatia.

“Ah!” De novo! Estou passando para o Wattpad todos os 27 contos do Um Sábado, Um Conto.

Se é para se mexer que seja com vigor, né? Mas sem embolar as coisas pq tem um monte de outras a que tenho que dar atenção. Aos poucos vou falando aqui nas que forem de falar aqui.

E do que fala esse blog?

Aqui já rolou tanta coisa, né? Acho que as pessoas que visitam o blog de propósito ou sem querer também são outras, mas tudo bem porque também sou outro e decidi dar uma repensada, mas na verdade não vai mudar muita coisa.

Aqui nunca foi um blog no estilo meu querido diário. Sempre foi mais para pequenas crônicas, reflexões sobre as coisas que nos emocionam, que nos deslumbram, que nos incomodam emocional e espiritualmente.

Bem… Arte, né? Aqui sempre foi um canto onde procuro falar de arte.

Continuará sendo!

Comentários sobre filmes, peças, livros que vou assistindo ou lendo e textos escritos por mim mesmo como o post anterior a esse.

No entanto também vou fazer uns posts meu-querido-diário porque acho que estamos precisando nos humanizar uns para os outros. Tem muita gente se sentindo sozinha porque parece que todas as outra pessoas estão bem. Olha… Tão não, acredite!

Está em nossa natureza sermos imperfeitos e também buscar sempre melhorar… Tá bom, tem gente se esforçando em melhorar defeitos, mas, bem, para a ótica delas estão melhorando, né? Tipo se tornando terraplanistas mais convictas hehehehe.

Se acalme, não apague ainda esse blog da sua lista mental de blogs a visitar porque não vou ficar falando dos boletos que paguei atrasados ou das economias que não fiz.

Por “querido diário” quero dizer que vou comentar as coisas da vida.

Como ontem quando levei meu cunhado, que é especial, uma eterna criança de uns 8 anos, para ver a inauguração do monstro, digo, da árvore de natal da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Por fora me divertia com ele, falava coisas engraçadas, mostrava coisas legais.

Por dentro eu só pensava “que raio de texto horrível é esse que escreveram falando que o que falta para a árvore ficar completa é ligar as 900 mil lampadinhas; que agora a alegria e a prosperidade voltarão ao Rio? Será que não vai ter uma única palavra de compaixão, empatia, bondade?”

Não teve…

Mas teve uma música da metade dos fogos em diante que… Só piorou a situação! Parecia que a qualquer momento um exército de valquírias viria ceifar nossas vidas. Juro que a música era sinistra e tensa. A menos que eu é que esteja querendo demais…

Só sei que olhava para o cunhado e ria com ele, fazia o que podia para que ele sentisse o espírito do Natal. Era isso que faltava à árvore, empatia, não 900 mil lampadinhas acesas.

E as travessias geladas?

Ficaram nas entrelinhas, né? As coisas que me deixaram sem ânimo para escrever aqui, e quanto menos escrevia, menos ânimo tinha.

Foram travessias normais, nada diferente do que todos passamos e sequer são realmente ruins. Podem ser apenas momentos em que vamos levando a vida sem apertar firme cada momento dela, que vamos nos deixando envolver pela mesmice, pela monotonia.

Elas devem aparecer aqui no blog aos poucos.

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