Resfriado… Pois é! Estou resfriado.
Bem, normalmente isso não é novidade, todo mundo fica resfriado, só que eu só faço isso umas duas vezes por ano e não estou acostumado. Já vi que vou dormir muito hoje e mesmo assim acordarei meio cansado, mas tudo bem, foi um domingo agradável apesar da coriza insistente que já me custou meio rolo de papel higiênico!
A gente estava almoçando aqui com a minha sogra-mãe – um almoço bem parecido com todos os outros já que aqui em casa a gente tem o costume de festejar a família sempre que todos conseguem sentar juntos à mesa – e o meu telefone tocou e escutei a voz animada de outra alma desgarrada da normalidade como nós que nos recusamos a ser normais em uma civilização que nos parece um bocado anormal.
Fomos conversar no alto de um mirante de onde se vê o mar, as ilhas e boa parte dos bairros onde moramos. Lá no alto algumas nuvens negras iam se acumulando enquanto conversávamos um pouco sobre tudo.
É engraçado como coisas pessoais como um papo sobre paixões acabam levando a grandes conjecturas sobre os caminhos da nossa espécie. Aliás o caminho inverso também é válido.
Só sei que, enquanto observava a vida correndo pequenina lá embaixo, percebi que há coisas que nunca comentarei nem nos artigos que escrevo e muito menos aqui.
Nada de obscuro, só que há tantas coisas que soam absurdas e a maioria considera naturais que me pergunto se o errado não somos nós que fugimos tanto ao lugar comum.