A fantasia sempre foi povoada por seres monstruosos. Dragões, Orcs, Nazguls, Mulas-sem-cabeça e outras criaturas que personificavam o medo, o ódio, a solidão e outros fantasmas da consciência.
Nos tempos modernos o material simbólico dos sonhos é desprezado como se fosse mero “lixo do inconsciente” ou fantasias primitivas, mas a nossa alma ignora a tentativa ingênua da nossa consciência que tenta se livrar destes mitos e os monstros continuam vagando entre nós exatamente como faziam nos tempos de Aladin.
O comunista moderno combate o monstro do capitalismo e tenta encarná-lo em homens; acaba maldizendo o capitalista que recebe alguns milhares de dólares por mês, mas esquece que as corporações que concentram o capital já transcendem em muito os peões humanos.
Ainda que os rumos de cada corporação sejam guiados por meia dúzia de indivíduos eles já não são mais importantes, em breve estarão mortos enquanto a corporação continuará: um monstro de vontade autônoma conduzido pela vontade coletiva de uma sociedade que anseia pelo consumo e super-exposição.
“As corporações são o mostro do futuro…”
Bubblegum Crisis
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