Enquanto você lê essas linhas, seja online, seja em um papel, você está lendo as palavras de uma pessoa virtual?

Está na hora de repensar o que é virtual e o que é real.

No colágio nos encontramos todos os dias com a mesma turma de amigos; se temos a sorte de morar em uma rua legal brincamos quase todos os dias com os mesmos amigos e, nas dificuldades e alegrias cotidianas, criamos amizades reais.

O real é o que temos perto de nós tempo o bastante para conhecer.

Quando crescemos vamos para o trabalho onde há outras disputas muito diferentes das do colégio ou da rua da infância quando os desafios eram a auto-superação para passar nas provas e a união para disputar com a turma da outra rua.

Na vida adulta os relacionamentos estão cercados de segundas intenções, seja no trabalho, seja ao conhecer alguém numa boate ou restaurante. São relacionamentos virtuais.

É muito fácil dissimular o que realmente somos, pensamos ou sentimos quando nos encontramos apenas no trabalho ou por algumas horas nos finais de semana.

É a comunicação que nos liga aos anseios, pensamentos, qualidades e sentimentos um dos outros.

Real é o brilho nos olhos, mas precisamos das palavras, esse instrumento tão virtual, para entender o outro.

Precisamos também das palavras escritas em livros, nos jornais, nos blogs, nos chats, no Twitter, no email ou o rosto na telinha do Skype.

O chamado mundo virtual (online) nos permite estar em contato real com os amigos de verdade todo dia, toda hora estreitando laços, compartilhando a vida.

É também no mundo online que podemos ver as pessoas de forma mais integral pois lá em seus blogs e perfis em redes sociais online é que elas mostram diariamente o que as move, com quem andam e o que fazem.

O real está online, é no offline que estamos à mercê do virtual.