O tempo é muito estranho… Relógios e calendários não passam de um artifício para nos dar uma segurança ilusória na certeza da fluidez constante do tempo.
Escrevi o post anterior faz umas duas semanas, mas esse tempo de fluxo controlado e frio diz que não tem nem três dias.
Talvez seja a perda repentina de um amigo, talvez por ter quebrado minha rotina atual de ficar diante do computador e ter saído 8x mais do que de costume para ajudar uma amiga com seu primeiro Mac, papear por duas horas sobre ficção científica com um dos meus amigos que mais saca disso e jogar Rock Band com a minha… err… advogada! ;-)
Eu adoro o tempo que estamos vivendo! Um tempo em que pessoas brilhantes podem se divertir com Dr. Who, anime, PlayStation… Ou melhor, isso é um padrão e não uma exceção.
Já há uns 2 anos esbarrei em um livro sobre a obra de Tolkien assinado por um homônimo do grande jurista Ives Gandra… Não era homônimo, era ele mesmo.
Nossa era é filha de outra onde os adultos eram sisudos, concisos, rígidos e inflexíveis.
Era um tempo sem mulheres ou crianças onde “homem” era sinônimo de humano pois os outros eram figurantes da história da civilização. Ou pelo menos era como eram vistos publicamente embora saibamos hoje o quanto da história foi moldada por mulheres e crianças.
Somos seres notáveis, nós humanos…
Da escuridão das cavernas até aqui já passamos do fatalismo à euforia da certeza de um futuro melhor (ainda outro dia vi na Casa Ruy Barbosa que eles acreditavam que nossa civilização tinha superado as guerras e caminhava para uma era de ouro) várias vezes.
Gostaria de entender perfeitamente como em 100 anos pudemos ao mesmo tempo ter conquistado tantos avanços maravilhosos e ter ficado cegos para eles vendo apenas um mundo condenado quando na realidade temos um mundo em franca revolução e renovação!
É… No entanto não entendo nem mesmo como um post sobre a passagem do tempo real e do tempo psicológico acabou aqui: em uma potencialmente polêmica declaração de que vivemos um maravilhoso renascimento embora vejamos uma idade das trevas…