Primeiro de janeiro, Lula fez um discurso de posse excelente (na verdade dois) e cá estou falando do filme de terror da A24 que acaba de entrar em um dos streamings que assino. Não tenho explicação para isso além de “eu já sabia que era interessante e queria desconectar a cabeça para pensar menor no que escrever sobre o ano novo”.

Eu já sabia que o filme era intelectualmente estimulante porque vi parte da crítica do EntrePlanos no YouTube sobre X e Perl (tem spoilers).

Há muito tempo não escrevo sobre os livros, filmes e séries que vejo. Tá na hora de retomar o hábito.

Mas tô fazendo uma coisa que me irrita em artigos: não estou indo direto ao assunto. Mas também decidi que vou retomar uma vibe blog aqui.

Pronto, agora ao que interessa!

O Max Valarezo (como de costume) estava certo. Que filme!

Começo dizendo o que acho que você precisa saber para decidir se faz o seu tipo de filme:

  • É terror com algumas cenas sangrentas (gore)
  • O ritmo não é acelerado como muitos filmes modernos

Dito isso… O que torna esse filme interessante é que, apesar de reproduzir os clichês dos filmes de terror slash ele nos apresenta esses clichês sob uma ótima mais moderna o que produz dois efeitos: nos faz refletir e acrescenta uma sensação de tensão diante de uma coisa diferente.

Os personagens também são mais profundos que o padrão dos filmes de terror mais antigos, o que é uma tendência até em diversos gêneros que costumavam se sustentar quase exclusivamente na ação ou nos efeitos especiais.

Ainda não são personagens mergulhados em camadas e com profundidades abissais, o que acho que nem seria bom.

Para ter uma ideia do cuidado com a riqueza dos personagens durante as filmagens um deles ficou tão interessante que eles acabaram fazendo em sequência o filme Perl, que conta a origem de uma personagem.

X traz ainda uma certa ironia que me pegou de surpresa e agradou bastante e que envolve o aspecto religioso.

Ficha técnica:

  • Diretor: Ti West
  • Produtora: A24
  • Elenco: Mia Goth, Jenna Ortega, Kid Kudi, Brittany Snow, Martin Henderson, Owen Campbell, Stephen Ure

Crítica do Max Valarezo no EntrePlanos:

Imagem: Maxine – Material promocional do filme