Certos diários são prismas que decompõe o mundo conforme nossa visão, limitada como quem olha através do buraco da fechadura para um palco grande demais!
Na esquina uma muretinha protege a árvore e serve de banquinho para velhinhos que jogam truco; passa um vento e somem os velhinhos dando lugar aos skates que infestam as esquinas do Catete; bate outro vento e uma curiosa cadeirinha de balanço, de madeira não passa da parte de cima de uma cadeira e, no lugar das pernas um par de arcos para permitir o balanço. Sobre a cadeirinha, o olhar perdido nos carros que chispam ligeiros pela rua do Catete, uma velhinha joga para lá e para cá como se o mundo fosse um barco e a levasse para visitar a prima do outro lado do rio…
Aquela muretinha vê um pedaço do mundo passar sem ver de onde veio ou para onde vai, resta-lhe apenas imaginar as histórias que se escondem atrás de cada fragmento!