Apenas as finas paredes de madeira mantém os ruídos selvagens do lado de fora, a mata ameaçadora e as feras. Conforme o sono o domina os sonhos o arrastam, fendas se abrem nos nós da madeira e toda a casa implode sendo invadida pela onda de folhas verde-escuro e seu espírito se afoga nas raízes sob o chão debaixo da sua rede mergulhando nos recônditos das memórias dos seus ancestrais que se esgueiravam pelas sombras sob o teto das folhas para caçar…
A imagem salta das entrelinhas de Isabel Allende, levanto os olhos… lá está o shopping, milhares de luzes, as filas para os cinemas, o ar saturado da gordura das cozinhas à volta. As paredes não são de madeira; vidros, concreto e alumínio tentam afastar os dedos esguios da floresta mas lá está ela espionando com seu olhar profundo da baia mergulhada nas sombras