Normalmente não falo de computação aqui no blog, mas código livre — ou open source — vai muito além da computação. A meu ver é uma das primeiras e mais importantes mudanças impulsionadas pelo paradigma da sociedade do conhecimento: open source é conhecimento livre, como na Wikipedia.

Só que muita gente tem dificuldade de entender o novo paradigma. Bem, paradigmas novos tem este problema, não é? Mas também só acontecem quando são extremamente necessários.

Para facilitar o entendimento vou escrever alguns exemplos que mostram a diferença entre conhecimento livre e conhecimento proprietário.

Bicicleta open source
O seu vizinho te empresta a bicicleta dele. Ela é velha e enferrujada, falta o freio e o pneu da frente está murcho, mas ele é amigo de todos os outros donos de bicicleta da rua e todos eles combinaram de não comprar bicicletas novas para alugar enquanto elas estiverem andando. Você chegou a pensar em montar sua própria bicicleta, mas ficou sabendo que eles tem a patente e só eles podem fazer bicicletas.

Isso é bicicleta de código proprietário.

Uma amiga minha tem um bicicletário na garagem do prédio dela. A maioria nunca é usada e fica lá acumulando poeira. Então os moradores que precisam de bicicleta vão lá, escolhem uma adequada (para correr, com cestinha para trazer pão ou para criança) e usam. Como todo mundo usa, todo mundo cuida. De vez em quando alguém troca o pneu de uma ou acrescenta um espelhinho retrovisor. A patente das bicicletas pertence ao prédio todo então de vez em quando alguém pega partes úteis de bicicletas inúteis e cria uma nova e revolucionária bicicleta que poderá ser usada e copiada por todos.

Isso é bicicleta open source.

Em breve “Política open source ou de código aberto”