Tem uns dois meses que recebi um email de contato pelo site falando do trabalho da Terra da Paz. Somente hoje consegui dar a devida atenção a ele e me sinto até culpado por demorar tanto.

Não sei se já falei nisso aqui, mas já fiz formação holística no braço carioca da Universidade Holística de Brasília. Incompleta, mas passei quase dois anos conhecendo essa outra forma de pensar o mundo e, principalmente a paz, até porque a universidade se chama Unipaz.

Paz…

Pode ser a tal escuridão que vem antes da alvorada, mas você não tem a impressão de que a raiva, o medo e a revolta estão mais presentes hoje do que dez anos atrás? Eu mesmo me pergunto se é de paz que precisamos.

A Terra da Paz ensina arte, principalmente em cerâmica, para crianças priorizando a associação de arte com a cultura da paz.

Imagino que a grande maioria das pessoa que esbarrarem neste post achará isso inútil pois o que desejamos hoje é a revolução.

É?

Se há uma coisa que aprendi é que todos nós queremos paz e a revolução não é outra coisa senão a medida desesperada quando não há perspectiva de paz. Mesmo o louco que destrói tudo à sua volta, quando visto de perto, quase sempre destrói porque o mundo o perturba e só vê possibilidade de paz afastando o mundo.

A cultura da paz é necessária mesmo quando a revolução é a única alternativa. Sem ela perdemos o foco e podemos confundir as metas e chegar a outro caos depois da revolução.

Trabalhar a terra e dar forma aos nossos pensamentos. Criar do pó em vez de retornar a ele. Retirar da pedra bruta a forma e harmonia estão entre os mais poderosos instrumentos de transformação da consciência.

Naveguei pelos projetos da Terra da Paz e gostaria de ver muito mais iniciativas como essa. Nem precisa muito, basta ter um filho e um pouco de argila para começar algo parecido.