“O Rodrigo Santoro caiu no meu conceito depois que fez 300”
Foi assim que começou e continuou com ela criticando a falta de responsabilidade social de atores que deveriam se recusar a fazer parte do esquema da indústria do entretenimento que estigmatiza esse ou aquele grupo.
Quem me mandou discordar e achar que ator é ator e não filósofo ou cientista social? Tentei dizer que o sujeito gosta de atuar e se ele achar o papel interessante ou o pagamento satisfatório tem todo o direito de fazer o que quiser!
Alguém não cai no meu conceito por não agir de acordo com a forma como EU agiria, mas é claro que sobe quando toma atitudes que combinam com a minha filosofia de vida. A questão é a mão da coisa, entende? Admiro quem pensa como eu, mas não desprezo ou me decepciono com quem pensa diferente!
Quando começamos a seguir por esse caminho enveredamos pelo espinhoso (para os outros) caminho da intolerância e dos regimes que nos submetem a uma ditadura. Pode ser da maioria sobre a minoria ou da minoria sobre a maioria, ambos são péssimos embora o primeiro seja estatisticamente mais justo. Não para mim, claro, já que sou minoria…
Enquanto passeava com o cachorro (tem gente que tem ideias no banho, eu tenho junto com meu cão) me toquei de outra coisa…
Existe um bocado de Neo (o cara lá do filme Matrix que acho uma bobeira, mas já que é popular me ajudará a dar o exemplo) nesse pessoal que defende apaixonadamente esses jeitos “certos” de pensar ou agir. Existe tanto de Neo neles que eu acredito que nem chegam a ser transgressores do sistema e portanto capazes de mudar alguma coisa. Eles são é dois lados de um cabo de força que mantém o sistema em funcionamento! De um lado os que se proclamam de direita e do outro os de esquerda e em seus embates eles garantem o equilíbrio do mobile que é o mundo capitalista… Que não existiria sem o seu inimigo comunista fazendo pressão para que ele se reestruture…
Eu, que não sou nem de direita, nem de esquerda, que aceito que o mundo será capitalista por muitas décadas (provavelmente séculos) e sonho com um capitalismo mais humano e responsável acabo me indispondo com os dois grupos… Quem seria eu em Matrix? O Agente Smith? ;-) Bem, prefiro ser apagado no final a fazer parte de um jogo que está danificando a nossa vida…
Só para completar um post que já desconfio que muitos não entenderão porque ficou confuso mesmo e não porque está brilhantemente escrito: não vejo caminho para um mundo melhor através da política… Continuo achando que somente a arte muda o mundo, somente a arte sempre mudou o mundo… A política e a economia só vão na onda… Ah! E dentro de arte estão a ciência e as mitologias, tá?
Ô Roney, não sei se sou eu lendo isso numa segunda pela manhã, ou é o seu post mesmo que está meio “saltante”. Começou com atores e terminou em política, passando por Matrix e Neo. Meio demais pra uma 2a pela manhã. Sorry.
Te deixei no vácuo só por 13 anos! Que horror!!
Cara, espero ter aprendido a me controlar, mas minha mente funciona assim! Fazendo conexões para todo lado!!
Quando quero relaxar escrevo desse jeito, quando quero me comunicar mais eficientemente tento fazer uma sequência mais bem encadeada ;-)
Aliás… Talvez por isso eu goste tanto do canal Vsauce no YouTube ;-)
eu acho que sem arte não há vida e sem política deixamos a nossa humanidade no banco de reserva. só a política – e o nosso envolvimento com ela – pode construir o caminho no jogo de forças. de preferência sem o flaxflu que vemos hoje nas redes. amei o post, querido. obrigada
Que sensação boa de blogosfera retornando :)
Volta e meia ainda aparece um comentário num post ou outro, mas nada com a pegada dos tempos iniciais da blogosfera!
É uma honra receber a Lady Bug aqui!