Mais uma resposta a contato feito lá pelo site:
Roney,
Encontrei seu site a partir de uma pesquisa na Internet, estou finalizando uma pesquisa sobre responsabilidade social empresarial (RSE) e a indústria do tabaco e, dentre outros temas, busco discutir um pouco a dissociação que se faz do conceito de RSE e o produto comercializado pela empresa, pelo seu comentário vejo que você levanta essa lebre. Ou seja queria um comentário sobre como resolver essa complicada equação: vender um produto que mata x ser uma empresa cidadã…
Eita perguntinha difícil de responder, né? ;))
Não sou nenhuma autoridade, considero-me um livre pensador e um cidadão que tenta compartilhar suas reflexões com os outros.
Bem, estando nessa posição, creio que tenho uma reposta rápida e de efeito para você.
“Vastas parcelas da humanidade estão famintas de cultura, saúde e alimentação. Não está dando para rejeitar a ajuda do cara que mata dez ali e salva 100 acolá”.
A outra resposta vai ser muito longa e darei quando for capaz de organizá-la em um artigo. Vou tentar um resumo mesmo correndo o risco de não atingir a profundidade necessária.
- Nossa espécie é capaz de lidar com certos paradoxos morais com grande facilidade;
- Há uma exigência popular a favor da responsabilidade social;
- Ao favorecer seus funcionários e comunidades vizinhas as corporações reduzem perdas e melhoram a produtividade;
- As corporações consideram seu dever moral cumprido desde que avisem “este cigarro vai te matar”, “este alimento vai te dar diabetes”
Note-se que o porta voz da Souza Cruz afirmou categoricamente no congresso que a melhor forma de não sofrer os males do fumo é não fumar, mas recomendou “se fumar fume Souza Cruz” acrescentando que do outro lado estão favorecendo a sociedade.
O problema é complexo, mas uma empresa nociva é menos nociva se estiver investindo em iniciativas que aumentem o IDH.
Talvez em um passo posterior elas sigam o exemplo de Tistu, o menino do dedo verde…