São pequenas demonstrações como essa que fazem valer a pena o esforço de manter um site como o meu, de tentar compartilhar com os outros o que acho que podemos dar, mesmo que não tenhamos de sobra!

Nem tenho nada a comentar, só a agradecer pelo email.

A Simples Vida Vivida

Sempre será fácil dizer, sentir, fazer quando se está perto… E quando estivermos longe? Não sabemos, talvez porque sempre estaremos perto. Carro, ônibus, avião, Ah é fácil! E quando estivermos longe no sentido de distante, inatingível, impossível de alcançar, de falar, de tocar, de sentir. Esta é a distância em si. A falta. O vácuo. A solidão de uma pessoa pertence a outra. E esta não se substitui, nem se transfere, o que podemos, no máximo, é aceitá-la, e fingirmos que esta vai passar logo.
Mas não passa, sabemos. Hoje tenho 65 anos. Sonhei muito com esta idade. Sabia que ia chegar nela, era meu objetivo: chegar aos meios cinco escrevendo e pensando, e refletindo sobre o que aprendi. Mas esqueci, melhor, não lembrei que as faltas que senti seriam maiores que as presenças que sinto. Meus tios, meus primos, irmãos todos estão comigo apesar de não estarem. Cada pedaço meu é um fragmento de aprendizado que evoluiu a partir da crítica, da autocrítica. O sentido está em mim. A vida está em mim. Mas, o que seria o sentido, a vida sem os outros.
A vida está em nós. Os sentimentos são externos. Os amores são externos. E o que é externo? É o que nós refletimos. O externo está em nós.