Tempos atrás eu ganhava uma boa grana trabalhando longe de casa. Para ser mais preciso eu ficava meses fora de casa e a uns 10 mil Km de distância. Pior que isso só se integrasse a próxima missão para a lua ou Marte! Não estava nada bom.

Decidi pular fora. Só que isso significava recomeçar tudo. Do zero. Ganhar umas 20 vezes menos. Em moeda nacional e não mais em Dólares. Nem lembro qual era a moeda na época.

Pois eu fiz isso. Pulei fora, encarei uns dois anos complicados até acertar o passo novamente. Olha, não foi a primeira vez que fiz algo assim. Fiz outras entre aquela época e hoje. De tempos em tempos a gente vai remodelando nossos caminhos.

Quando a gente dá o primeiro passo numa virada dessas muitas vezes não temos a menor ideia de onde vamos parar. Em geral é como dar um passo no escuro, totalmente cego e sem saber se tem um precipício logo adiante.

Não posso dizer que seja um bom jeito de viver, é o meu jeito e acho bom por vários motivos, afinal estou sempre juntando novas habilidades na minha lista!

Tem horas também que somos obrigados a mudar porque existe um mundo lá fora que segue seus próprios ritmos e quando a mudança vem de fora é, me desculpem o palavreado, foda.

A gente fica entre a revolta, o medo, a insegurança e o ódio, mas não adianta. As coisas mudam.

Ainda ontem, apenas 50 anos atrás, as mulheres não tinham qualquer voz no mundo e tinham que se conformar em serem empregadas domésticas pagas ou voluntárias (quando se casavam) tirando raras excessões.

Muitas coisas mudaram para pior também. Ainda estou para achar alguém capaz de contabilizar se as mudanças foram mais para melhor ou para pior.

Uma mudança que me agrada é que me parece que hoje, como nunca antes, todo mundo é chamado a participar das mudanças, nem que seja como uma pequena voz cobrando posição dos políticos.

Lá nos EUA – e essa é uma grande qualidade deles – existe uma cultura que os leva a marcar em cima de senadores, vereadores e simpatizantes.

Hoje não ia falar sobre nada disso. Nem pretendia falar taaaanto assim, mas recebi um email do Will Smith convidando a dizer para os políticos dos EUA que eu também quero que eles cumpram os compromissos firmados ano passado pelos 8 países mais ricos para erradicar a miséria no mundo.

Sei não… Esse negócio de confiar algo tão importante a países me deixa meio preocupado. Nós brasileiros não somos o povo mais desiludido com o seu governo, mas certamente podemos dar algumas aulas sobre isso, né?

Só que fui ler o negócio e achei que, ora bolas! todo mundo deve se envolver! Então assinei a petição online.

Vai lá e lá uma lidinha para ver o que vc acha:

Keep the Live 8 Promise