Tirado de um email que enviei a uma amiga:

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3706 (o site morreu, mas o post está disponível no Web Archive)

É por artigos assim que fico bem pé atrás com o Mídia Sem Máscara, sabe?

“Fundamentado nestas afirmações, eu e qualquer leitor de O Globo pode traçar o perfil do cruel assassino que tem desgraçado este país: ele é um profissional liberal ou comerciante, com no mínimo o curso secundário completo, de classe média, sem histórico de envolvimento em crimes, um destemperado que mata por motivos fúteis no trânsito, em estádios, brigas de casal, brigas com vizinhos, violência passional. Além disso, é um descuidado que deixa sua arma ao alcance dos filhos, causando incontáveis tragédias.”

Que tipo de conclusão é essa?

Mais adiante ele fala em como o peso das mortes com armas é pequeno diante das mortes no trânsito e por obra do crime, mas, em vez de recorrer aos relatórios mantidos pelas delegacias de polícia e outros órgãos ele fez os seus próprios cálculos baseado em notícias nos jornais o que não seria um método nada preciso.

Concordo que temos que combater o crime, que a morte no trânsito é um problema muito maior e tudo o mais, mas não posso concordar que não valha a pena salvar alguns poucos milhares de vidas que se perdem diretamente pelo uso irresponsável de armas.

O discurso do Mídia Sem Máscara é repleto de paixão e parcialidade e isso me faz desconfiar que eles são controlados ou influenciados por grupos com interesse econômico na desmoralização da nossa unidade nacional e da viabilidade da nossa democracia. No entanto talvez eles apenas estejam perplexos e assustados neste momento global de transição cultural, geopolítica e econômica como quase todo mundo.

Ainda assim posso ser convencido da legitimidade da causa do Mídia Sem Máscara: basta mostrar claramente qual é o interesse por trás do desarmamento e do suposto alinhamento do nosso governo com forcas anti-estadunidenses.