Outro dia a Ju esteve aqui. A Ju é um monte de coisas. Atriz, bailarina, culta, jovem, espiritualizada, mas acima de tudo uma amiga transgressora, só falta ela ter um blog e transgredir online! A gente certamente teria muito a ganhar com isso.
Como ela é tantas coisas, mas não é cibernética vou escrever este post por ela.
Quando esteve aqui criticou horrores o Michael Moore pelo jeito como manipula os seus “documentários”.
Discordei dela, aquela história de “os fins justificam os meios”.
Acontece que depois vi o documentário canadense sobre ele (construindo discórdia ou coisa assim, tá gravado) e… Ela está certa. O cara força muito a barra.
Considerando que o documentário não faz com ele o que diz que ele fez em seus próprios documentários tenho que admitir que ele não se limita a fazer uma edição mais emotiva ou colocar algumas coisas fora de contexto. Ele supostamente estaria mesmo fabricando fatos que jamais aconteceram e ocultando outros que ocorreram.
Continuo concordando com boa parte do que ele quer dizer e achando que ele, pelo menos, chamou atenção de algumas coisas que precisam ser debatidas, mas ele compromete a própria causa se faz as coisas de que é acusado.
Só me pergunto porque os outros classificam os seus filmes (e até lhes dão prêmios) como documentários em vez de ficção política ou coisa assim.
Só para constar aqui vai a lista de coisas que o vejo dizendo em seus filmes e com que eu concordo:
- Corporações não tem nacionalidade ou bom senso e realmente não se incomodam em destruir o meio ambiente ou despedir gente para aumentar lucros
- O terror do 11 de setembro foi usado para disseminar mais terror e manipular a opinião pública para permitir um monte de coisas ruins para o povo estadunidense
- Um sádico culto ao medo e ao consumismo provavelmente é uma das maiores causas de atrocidades como a que ocorreu em Columbine
- Nem vi o filme ainda, mas tenho ouvido que nos EUA quem não faz parte do clube do consumo não tem sequer assistência médica
Pronto, agora posso voltar para a série do Pó! ;-)