O dia só não foi completo porque não pude encontrar com a Taís da Membros. Admiro muito o trabalho deles e seria muito legal conversar com a coreógrafa deles.

Foi um longo dia! Para evitar o trânsito decidimos sair às 4h da matina e foi o que fizemos. Acontece que nunca durmo antes da meia-noite, ou seja, deitei lá pelas 23:30h e acordei com os rugidos ferozes da ventania alguns minutos depois das duas horas… Nem adiantava dormir mais, né? Ainda bem que preciso de pouquíssimo sono.

Tem umas pistas ruins no caminho de Macaé, mas a sinalização é ótima, basta seguir as placas para Cabo Frio que uma hora aparecem as setinhas indicando o caminho para Macaé.

Não tinha ideia do que encontraria. Não vi a cidade toda, só uma parte da zona industrial ao lado de uma churrascaria chamada Cavaleiro (acho) e a praia diante do hotel Confort onde almoçamos.

A cidade é um charme! Muito bem cuidada, a praia é toda moderna e simpática. Tenho que voltar lá com calma para honrar minha palavra visitando a Cia Membros e aproveitar para conhecer a cidade melhor.

Já tive meus tempos de longas viagens, mas tenho estado enraizado por alguns anos. Foi bom.

Tenho que recolocar a mochila nas costas e viajar para tirar a prova, mas rever a região dos lagos depois de tantos anos sem passar por lá me mostrou como nosso país, ao menos nessas bandas, progrediu.

É claro que foi uma visão superficial, mas lembro bem que os contrastes entre as capitais e as cidades periféricas eram monumentais. Sem comparação com o que vi hoje.

Sem dúvida alguma passamos por tempos muito difíceis, principalmente para a cultura que hoje anda pior do que ontem (e quando a cultura vai mal nuvens escuras começam a fechar o futuro), mas há horas que tenho a impressão de ver pelo menos alguns instrumentos que podem nos garantir uma retomada.

Quando a população tem como se comunicar, se reunir, se informar e se instruir – mesmo que às custas de grandes sacrifícios – há esperança.