Estamos na Páscoa! época de comemorar a fuga dos judeus lá do Egito e a ressurreição de Cristo, mas o que todo mundo gosta mesmo é do coelhinho da páscoa…

Comecei minha vida espiritual, como já disse, encantado com o cristianismo, mas não foi acaso que esse primeiro contato tenha sido em um mosteiro franciscano.

Acho que sempre preferi conhecer Deus (ou os Deuses se preferir) pelo livro da sua criação do que pelo livro dos seus seguidores. Sou mais de olhar as estações do que as páginas da Bíblia (apesar de ter lido todas elas).

Seja como for talvez eu não seja o único.

Do jeito que festejamos a páscoa nos aproximamos mais do paganismo do que do cristianismo, o que não é um problema se percebemos que os Deuses são os mesmos, só muda o livro.

Eostre (que deu origem à palavra Eastern) era uma deusa de fertilidade. Em uma mão ela carregava um ovo simbolizando o surgimento da nova vida na primavera, e com os olhos fitava um coelho – há poucos símbolos melhores de fertilidade!

Aqui no hemisfério sul é outono e pessoalmente prefiro festejar o recolhimento da vida e me preparar para armazenar energias, mas se vamos festejar Eostre então alimentemos nossas esperanças de renascimento de um tempo com mais tolerância, mais espírito de grupo e, principalmente, a compreenssão de que somos todos passageiros do mesmo barco e devemos dar braços, ricos e pobres, ateus e religiosos, honestos e desonestos, para criar um mundo onde todos possamos renascer a cada dia!