Este post é parte de um papo com o Antônio Caetano (do Café Impresso)por email. O texto destacado no início é dele, o restante é o meu comentário.

Conversando com a Chica, a diarista que me socorre semanalmente, contei da possibilidade de um Papa negro. A reação dela foi exemplar: “E pode?”, ela perguntou, perplexa. Talvez esteja na hora da Igreja mostrar que pode.

Cara… Nem tenho muito a dizer. Isso é muito legal! Quer dizer, legal no sentido de curioso, interessante, intrigante, revelador e impactante. ;)

A gente vive mesmo uma cultura de exclusão, como se houvesse três camadas quase estanques: uma dos que tudo podem, que são brancos, celebridades, que tem dinheiro, cultura ou algum tipo de poder político. Outra de gente que sonha em estar entre os primeiros e gira como mariposas ao redor da luz. A terceira, e imensa maioria, sequer se atreve a crer que o mundo também é para eles que são apenas peões, negros, pobres ou da periferia.

Tá na hora de mostrarmos que o mundo pode ser para todos… Mas pode?