… sempre que dá, né? Tem horas que a gente não tem saco e só quer d…
Um maço de papéis surge no meio da animada conversa que se desenrolava como a fumaça que escapa da chaminé enquanto os dois caminhavam entre os pontos de ônibus diante do Rio Sul. Um maço de papéis espalhados em uma mão como cartas de baralho cheias de canastras reais e coringas escondidos: propaganda política!
– Como é? – perguntou ele olhando para o panfleteiro, acompanhando sua mão até fitar o nome escrito na camisa: Crivella – Crivella? Não! Crivella Não!!! Deus me livre! – completou ele apressadamente se virando para se afastar dos panfleteiros como se fossem leprosos!
Enquanto os dois se afastavam voltando ao seu animado papo os panfleteiros cuspiam saliva ácida acusando os outros candidatos de ladrões, de comprar apartamentos de luxo e outras coisas que se perdiam conforme o ruído dos carros superava suas vozes que lutavam para sair das caras vermelhas de raiva…