Uma mobilização implica em juntar um grupo de pessoas em torno de um objetivo comum para se mover, para agir em busca do entendimento e alteração desse objetivo.
É necessário explicar pois, de um tempo para cá, estão chamando Imobilização de mobilização: abraçar a Lagoa, fazer um minuto de silêncio, deitar na areia vestido de preto.
Outro ponto vital em uma mobilização é deixar claro quem está organizando. As mais noticiadas tem alegado que são “brasileiros e brasileiras comuns”…
Francamente, todo brasileiro e brasileira é comum, mas atrás de toda mobilização há um grupo com interesses em comum. Talvez seja este o trocadilho.
Geralmente, quando não é claro quem está organizando o movimento é porque esses interesses em comum são de um grupo tão restrito que certamente não inclui você ou eu, mas apenas os organizadores ocultos.
Hoje recebi um email anunciando uma mobilização pela democratização da comunicação.
Tudo certinho: apoiado pelo deputado Carlin Moura do PCdoB (um dos políticos que votou contra a ampliação do privilégio de foro e respondeu meu email assumindo sua posição), com debates e audiências; deixando bem claro que vai reclamar do governo de Aécio Neves e homenagear os 40 anos de morte de Che Guevara.
Quem concorda com os ideais comunistas pode ir sabendo onde está se metendo. Quem não concorda pode ficar de fora e não acordar no dia seguinte para descobrir que deu apoio a um grupo que não apoiaria
Pessoalmente não apoio o comunismo embora confesse não saber exatamente o teor do comunismo do PCdoB, mas tenho que elogiar uma mobilização que mostra bem sua cara e se propõe a realmente se mobilizar além de ser organizada por um político que está conquistando pelo menos minha atenção e, talvez, o meu respeito.