Um paradigma não é um paradigma se não se aplica em todos os setores de atividades humanas.
Algumas pessoas, incluindo eu, acreditam que estamos entrando em um novo paradigma, o do conhecimento. A partir disso tudo muda! E a mudança mais popular é o tal do software livre e do código aberto, mas como todo bom paradigma não para ai e o modelo se expande para outros setores, se é que não os atingiram antes.
Um deles é o de direitos autorais de textos, músicas, vídeos.
Quem cria um personagem tem que ter algum direito sobre o tal personagem, o Mickey por exemplo, certo? Saber que os nossos direitos serão respeitados nos estimula a criar mais… Pois é, só que essa é uma faca de dois gumes… Imagine que você decida criar uma história com o Gato de Botas, certo? E se alguém registrou os direitos sobre o personagem? Você vai ter que escrever sobre o Gato de Sapatilhas ou talvez sobre o Siamês de Saias…
É aqui que entra a ideia do Criative Commons. Você cria o seu trabalho e, no lugar de ter todos os direitos reservados sobre ele, você decide ter alguns direitos reservados… Digamos, você pode permitir que façam histórias com ele desde que mantenham os créditos da ideia original para você.
Falando rapidinho pode parecer complicado, mas não é. E já tem rendido bons frutos como gente que faz uma música e outro que compõe uma letra para ela sem medo de ser processado.
Já tem gente de peso adotando a ideia aqui no Brasil, como o Jonas Galvez, e realmente pode ser um excelente caminho para criar uma nova atmosfera criativa.
Estou inclusive decidido a distribuir sob esta licença um livro que escrevi com a Cláudia Mello sobre A Empresa Inteligente na Era do Conhecimento.