Atualizando em 06/03/2007 – Descobri hoje que a campanha foi desenvolvida por Icaro Doria, um brasileiro. O link no parágrafo abaixo leva a um artigo sobre o trabalho. 

Você já recebeu por email o trabalho supostamente feito para a ONU pelo diplomata norueguês Charung Gollar com bandeiras de vários países atribuindo a suas estrelas e cores estatísticas bem pessimistas?

Pois é por isso que, se o email não vem com o link para o site original eu nem me dou mais ao trabalho de ler!

Não é por nada, mas onde vamos parar se ficamos nos alimentando de qualquer informação sem saber de onde veio? Sim, afinal está claro que não tem nem ONU nem diplomata nenhum por trás dessa campanha publicitária feita para a revista portuguesa Grande Reportagem pela FCB Portugal.

A ideia da campanha é mostrar que a revista retrata as verdadeiras cores da realidade que, concordo, tem tons bem rudes.

Por outro lado, assim soltas as bandeirinhas acabam sendo mais uma mensagem de desesperança, ainda mais ao serem atribuídas a um relatório da ONU o que nos passa uma mensagem de: essa é a nossa realidade inefável, aquela a que estamos condenados, é o mundo está mesmo na sarjeta.

Dentro do contexto, uma revista de reportagens, a mensagem é outra pois a imprensa tem a missão de trazer questões para a mesa de discussões e a mensagem passa a ser: esses são os problemas que devemos resolver e certamente a revista terá entrevistas com pesquisadores que terão algo a somar para a sociedade.

Garanto que não sou dos que acredita em teorias da conspiração, mas nessas horas fico pensando em quem faz uma coisa dessas? Quem torce a realidade transformando uma campanha de conscientização em desesperança?

E você? Quando receber as bandeirinhas e outras campanhas de desesperança, o que fará?