Sempre me considerei comunista, ou anarquista, ou holoarquista, algo que o valha!

Acontece que a gente decide umas coisas e depois desiste de pensar sobre elas: são verdades já bem testadas. Será?

Nos últimos tempos andei repassando a questão do comunismo por causa de uma amiga muito comunista. Fui ler o Manifesto Comunista, Engels, Marx e outros. E… bem…

Olha, não gosto do capitalismo como está! As empresas não trabalham mais a favor da criatividade e da produção de bons produtos, o negócios delas é acumular riqueza. O trabalho em geral não valoriza as qualidades humanas transformando-os em autômatos.

Também não posso dizer que sou comunista…

Marx e Engels foram muito ingênuos! Tudo bem, era o século XIX, mas eles subestimaram muito o apego de uns à riqueza e superestimaram demais a propensão humana à bondade.

No entanto o que mais me incomoda no comunismo é a forte influência de uma das características do cristianismo que mais me incomoda: o complexo de Peter Pan.

No cristianismo em geral somos apenas filhos adolescentes que contam com o poder do Deus Pai para nos proteger, no comunismo é o Deus Estado que vem em nossa proteção.

Além do mais o comunismo parece criacionista, quer dizer, pelo menos evolucionista ele não é! Afinal o Estado protege a todos sem distinção e aquele que não é capaz de produzir não precisa evoluir e nem será penalizado na sua capacidade de se reproduzir.

Trocando em miúdos: Capitalismo não! Comunismo também não!

Só para não me fazer acompanhar pela horda dos que dizem o que está errado sem dizer o que está certo (ah! como seria bom se existisse mesmo esta coisa de certo e errado!) vou repetir minha humilde aposta de caminho! Alguém já deve ter falado nisso e dado um nome.

Acho que temos que desenvolver um capitalismo social em que as empresas pertençam a Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) ou coisa parecida; empresas que não impliquem na concentração de capital e sim na sua distribuição entre os seus empregados e a comunidade a que atende.