Uma das coisas que gosto em nosso tempo é que grande parte – talvez a maioria – das pessoas já é capaz de aceitar e se preocupar genuinamente com os direitos de outros povos e culturas com quem jamais terão contato.

Você pode viver em tranquilidade sabendo por exemplo que o povo do Tibete não pode seguir livremente seu curso pois a China o mantém sob o seu controle? Não lhe incomoda que as mulheres na Índia sejam levadas a ter vergonha da sua bela cor a ponto de haver propagandas da Unilever (a mesma que é dona da Dove da ‘beleza natural’) enfatizando isso?

Ao meu ver não se trata somente de estarmos julgando as outras culturas de acordo com a nossa, mas principalmente da certeza de que cada ser (humano ou não) deve ter direito a liberdade e isso já não é mais uma questão cultural! Muito embora uma mulher possa escolher a liberdade de usar com orgulho uma burca.

A questão aqui é justamente essa, o direito que temos de seguir a nossa história sócio-cultural. Liberdade que o Tibete não tem tido.

Em resposta a isso temos pensado em boicotar os Jogos Olímpicos (acabo de aprender com o Thiago que olimpíadas é o nome do intervalo de 4 anos entre os jogos) e muitos já falam em violência durante os jogos.

Calar-nos não é uma opção e tenho pensado nisso e tentado pesquisar já faz uns dois meses, mas não vou precisar mais pois o Thiago fez melhor do que eu e escreveu esse post:

Presente de Chinês e um negócio da Grécia

 É um longo post, mas vale cada linha.

Ao que ele disse só tenho a acrescentar (concordando com ele) como deixei em seus comentários que…

“A celebração do nosso esforço conjunto para superar nossos limites e nos unirmos sem fronteiras não deve se recolher em forma de protesto, muito pelo contrário! Tem que se expandir! Com todos os olhares voltados para a China talvez tenhamos chance de ver atletas e personalidades dando lições ao governo e olhos podem se abrir entre o povo de lá.”