Estava a caminho do Teatro Jockey para ver uma peça infantil de Agnes Moço (Todo mundo tem, todo mundo é). Saltei do ônibus pouco depois da praça e desci pela rua do canal entre aquelas grandes árvores cobertas de folhas amarelas como o ouro, dos galhos que se espalham pelo céu acima da minha cabeça pendem longos cipós verdes. Andar na rua solitária naquele dia chuvoso sobre aquele chão forrado de ouro e coroado de beleza faz os olhos verem toda a realidade através de um véu de fantasia, é como andar pelas reminiscências de Lothlorien.
Mas isso foi no domingo, hoje é segunda e a realidade bate à nossa porta e desperta a dúvida. Afinal toda esta beleza onírica que vemos na arte é apenas uma fuga das nossas mentes cansadas ou será que a frieza da violência e da miséria é a ilusão dos nossos espíritos exauridos?
Pois então… Este blog no início era um espaço para alimentar meu espírito recebendo os meus devaneios, mas os tempos mudam e decidi reservar este blog para compartilhar reflexões mais objetivas na esperança de pesar positivamente enquanto meu coração bater aqui no seio da mãe Gaia!
Mas isso fica para outros posts…