Lá vai a Terra girando no incomensurável espaço negro. Sobre ela as figuras orgulhosas desta civilização que criamos por mero acaso! Mero acaso! Seguimos sem querer, sem olhar onde o pé pousará no próximo passo! Somos jogados das luzes tremulantes das tabernas medievais para o pipocar estroboscópico das boates modernas.
Seguimos sem voz ativa simplesmente porque não queremos mesmo tê-la! Choramos escondidos entre as paredes da nossa inconsequência enquanto meia dúzia de arrogantes tentam nos arrancar do sono chamando-nos à arte, ao questionamento e à reflexão… Não por acaso eles eram chamados de demônios no oriente, ontem mesmo, não mais de mil anos atrás.
Pois este demônio que vos fala anda cansado de ser arrogante e se esforçar para manter uma seta apontada para o próximo cântico de consciência ou arte.