Pronto! Já sei como decidir! E a explicação é simples e rápida! Será meu último post sobre isso! Até que enfim! Este assunto me incomoda pela forma meio insana como os radicais defensores do sim ou do não se manifestam, felizmente foram poucos! :-)
Temos de um lado a frente parlamentar pela Legítima Defesa, de outro a frente parlamentar Referendo Sim. Uma diz que a outra mente ou que a outra quer dar um golpe no país, mas nenhuma das duas me forneceu links ou fontes confiáveis que confirmem suas afirmações ou mesmo que expliquem bem o estatuto do desarmamento (baixe em pdf).
Decidi então votar de acordo com a minha experiência pessoal. São as informações em que posso confiar.
Dentre todas as pessoas que conheço a grande maioria não tem armas. das que tem gostaria que 90% delas não tivessem nem uma faca pois não me inspiram confiança (um já mostrou a arma para uma vizinha dizendo que é assim que ele resolve problemas e outro tem um filho envolvido com o tráfico).
Além disso não me parece que as pessoas de bem que compram armas tem equilíbrio para usá-las sabiamente.
Por isso peço desculpa aos poucos amigos que tem arma ou que gostariam de ter um dia e que saberiam usá-las, mas minha experiência pessoal e a falta de informações confiáveis me leva a votar pelo sim (2) e não pelo não (1).
Se forem indicadas fontes confiáveis e confirmáveis ainda posso mudar este voto, caso no qual editarei este post reconhecendo meu erro, certo?
Espero que, votemos pelo sim (2) ou pelo não (1), votemos conscientemente e, independente do resultado, usemos a experiência e os debates suscitados pelo referendo para desenvolver nossa democracia e nos tornarmos mais participativos nos processos políticos do nosso país.
Atualizando em 10/10/05
Aha! Consegui resumir em uma frase:
“Meu voto seria não (1) se alguém me mostrasse que as estatísticas do governo e instituições especializadas são falsas e/ou que existe uma conspiração mundial para nos desarmar”
Enquanto isso não acontece, diante do discurso do não (1) e das estatísticas a favor do sim (2), sinto-me obrigado a votar no segundo. Muito embora até 3 semanas atrás o meu voto ter sido pelo não.
Faltou s uma coisa…
Caso o sim vena ainda podemos nos defender bastando, de acordo com o artigo sexto item IX (o link para o estatuto est no post acima), que nos afiliemso a uma das “entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo.”
Na verdade, diante deste disto j no entendo mais porque se defende o no… A menos que tenha muita gente que jamais seria aceita em uma destas entidades.
Estou entre o “sim” e o “no”. “No” porque s os pobres sero desarmados, os ricos continuaro com seguranas particulares com as armas a tiracolo. A lei no valer para todos, portanto. Porm sou mais simptico ao “sim”, pois sou um pacifista e acho que arma de fogo deve se acabar. Alm disso, manipular uma arma coisa para quem tem sangue de barata. Logo, desconfio de qualquer um que goste de mexer com uma.
Mas ainda no decidi…
Sobre um artigo seu anterior sobre garotas homossexuais:
O que acho mais interessante que as pesquisas mostram que os homens so tolerantes em relao ao homossexualismo feminino. A maioria dos machos gostariam de ver duas mulheres se tocando. No largariam uma namorada se ela confessasse ter tido relao com outra garota.
Gostei do seu espao. Voltarei sempre!
Um abrao!
Querido,
Pois …
Eu voto sim, a favor do desarmamento.
J ouvi de tudo, inclusive de que se vamos abolir algo que mata ento precisamos proibir carros, o que uma grande bobagem posto que carros podem at matar (assim como comida engasgada) mas no foram feitos para isso, enquanto a arma tem como finalidade nica tirar a vida de outro ser.
Detesto armas. E tambm, de todas as pessoas que conheo que defendem armas, apenas uma (juro, s UMA, e que est filiada a um clube que a permite continuar com arma) eu considero que tem capacidade para isso. E, assim como voc, no dia em que uma arma se fizer necessria, entrarei em uma dessas instituies, passarei no psicotcnico e terei a maldita arma de fogo.
Detesto armas.
Mesmo.
Saudades.
Oi Car! Voc sabia que eu ia votar no?
Tambm j ouvi esta dos carros algumas vezes, mas fiquei pensando….
Primeiro, se a gente no sabe usar carro com responsabilidade ser que vamos usar armas?
Quem ter carro faz escolinha, com o no qualquer um pode ter arma enquanto com o sim somente quem faz escolinha (clubes de tiro) poder ter arma. Este foi o segundo.
Terceiro, quando me convencerem que aumentar o nmero de carros na rua e abolir a necessidade de fazer escolinha de direo a soluo para a reduo da morte no trnsito eu mudo novamente o meu voto para no! ;)
Eu ainda continuo com o no.
Sim, eu sou individualista. No quero que a minha segurana dependa do que um Governo promete – algo que at o momento no foi cumprido. No quero confiar no aumento das burocracias para se obter uma arma legal, caso seja necessrio, se hoje j no confio na burocracia para se abrir uma empresa, pagar impostos corretamente ou at ter acesso a servios bsicos como sade pblica e aposentadoria.
Mas o meu “no” no um voto pelo uso das armas, ou pelo menos do direito constitucional a t-las, e nem porque confie mais nas estatsticas de um lado ou do outro.
O meu voto porque acho todo este referendo um ridculo desperdcio de dinheiro pblico, quando o verdadeiro referendo deveria ter sido feito em 2003, quando da publicao do Estatuto do Desarmamento.
O meu voto pelo “no” uma recusa em acreditar neste Governo. Pelo fato de no acreditar que este referendo se traduza em um esforo maior de segurana e em no acreditar em resoluo de um grave problema social e educacional fora de penadas.
Considero um referendo como esse anacrnico (no sentido de sua adequao ao momento presente): ou deveria ser feito daqui a alguns anos, quando a segurana pblica fosse, efetivamente, algo em que pudssemos acreditar, ou deveria ter sido feito logo no incio do Governo do PT, para atestar que uma nova poltica de segurana seria implementada. Neste momento uma bobagem, um desperdcio de dinheiro pblico que seria melhor aplicado em aparelhar a polcia, pelo menos.
Eu, pessoalmente, nunca usei armas e nem tive interesse por elas, at o momento do referendo. No entanto discordo de qualquer poltica restritiva que lembre a Lei Seca: o que acontece incentivarmos a ilegalidade. Na prtica ser proibitivo municiar armas legalmente, criando um rentvel comrcio de armas ilegais – e mais comisses para policiais corruptos etc…
Nem discuto se h interesses em fbricas estrangeiras de armamentos em destruir a indstria nacional, e nem se a arma, em si, um instrumento de destruio ou no. O que enfatizo : no se resolve a violncia por proibies legais, e sim com superviso, educao e polticas sociais.
Este referendo uma palhaada, uma devoluo (inadequada) de responsabilidade de um governo inepto, que usar o resultado – seja qual for – para justificar por mais algum tempo a sua incompetncia em cuidar dos cidados.
“Este referendo uma palhaada, uma devoluo (inadequada) de responsabilidade de um governo inepto, que usar o resultado – seja qual for – para justificar por mais algum tempo a sua incompetncia em cuidar dos cidados.”
…
Eu tenho pensado muito sobre isso.
Isso algo que me irrita profundamente.
Preciso pensar mais um pouco a respeito.
Bjs
Oi Antnio!
“No entanto discordo de qualquer poltica restritiva…”
Este era mais ou menos o motivo da minha opo inicial pelo no, concordo com voc e nenhuma lei mudar o que causado por uma combinao de descrdito da confiabilidade das instituies do estado e do estado em si.
Concordo plenamente que a violncia no pas ser resolvida com reforma poltica (aumenando a punio para a corrupo), transparncia governamental e desenvolvimento humano (que diferente de crescimento econmico).
Felizmente h diversas organizaes civis empenhadas nestas causas.
No concordo com o argumento de que o no passa ao governo o recado de que ele deve fazer um esfor maior para resolver as coisas, pelo contrrio, este para mim um motivo para votar sim.
Pense bem, votando no estou aceitando a responsabilidade de me defender e votando sim estou dizendo ao governo que esta tarefa dele e no minha, ora. Seja o resultado sim ou no eu NO aceitarei a responsabilidade de me defender!
Neste sentido voto sim pois no acredito em soluo pelas armas, mas justamente pela ao conjunta da sociedade e do governo na reduo da misria, desenvolvimento humano (acesso educao, salrio digno e sade) e segurana pblica. Para no falar do fim da impunidade para os hediondos crimes politicos.
Sou um pacifista. Odeio armas. No pretendo ter uma em casa NUNCA.
Mesmo assim vou votar NO.
A lista de razes bem grande, mas eu vou dar as duas que ME convenceram:
– Se o SIM ganhar, todas as armas de fogo forem abolidas e – mais ainda – se TODAS as armas magicamente desaparecessem das mos dos bandidos (cenrio ideal), quem ficaria com as nicas armas de fogo da sociedade? No caso da minha vizinhana, a Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Eu JURO que me sentiria MUITO inseguro num mundo assim.
– Eu no acredito em conspirao nenhuma, mas acho que a democracia (especialmente a brasileira, com menos de 30 anos) MUITO frgil para decidirmos que daqui para frente SEMPRE iremos confiar em suas instituies. H alguns anos atrs gente como o Gabeira (o Gabeira!) segurou numa arma para defender seus direitos contra um governo totalitrio. No absurdo achar que esse cenrio pode se repetir.
Sejam pacifistas, mas no ingnuos! Violncia deve ser nosso ltimo recurso, mas no sempre que podemos resolver os problemas com um bate-papo.
Roney escreveu:
“Pense bem, votando no estou aceitando a responsabilidade de me defender e votando sim estou dizendo ao governo que esta tarefa dele e no minha, ora. Seja o resultado sim ou no eu NO aceitarei a responsabilidade de me defender!”
Discordo frontalmente! Minha interpretao :
Votando no estou deixando claro meu desespero e descontentamento com as solues do governo para a segurana pblica. Votando sim estou dizendo que confio nas instituies que garantem a minha segurana.
NINGUM de bom senso, vote sim ou vote no, acha razovel a responsabilidade de se defender sem a ajuda do estado. NINGUM de bom senso quer voltar ao faroeste!
Oi Bruno! Bom v-lo aqui!
Na prtica o povo nunca tem armas para enfrentar ditaduras impostas e acabam contando com ajuda de interesses extrangeiros como foi o caso na poca do Gabeira. Uns assaltavam bancos para obter recursos para fazer a resistncia e outros, como vemos em Olga, contavam com os investimentos e treinamento da Rssia.
E, no final das contas, nunca a luta armada que derruba os governos a favor do povo (quando derruba a favor de alguma grande potncia).
As armas que estaremos autorizados a comprar caso votemos no so de pequeno porte, meio inteis para fazer frente ao arsenal de bandidos e governos (amigos ou inimigos).
No entanto, como j andei dizendo aqui no Blog, acho que a questo se tornou muito mais sria do que ter ou no ter arma. O que estamos dizendo se acreditamos ou no na democracia e no futuro do nosso pas afinal normalmente o medo do prprio governo e a descrena nas instituies denominador comum nos motivos para votar no (1).
Me recuso a me entregar a este tipo de fatalismo, entende? Principalmente quando h tantas iniciativas que buscam solues. Elas ser o tema do Especial Referendo II no domingo.
Pretendo fazer algo para mudar o quadro da corrupo e falncia das instituies, vc vem comigo? :-) Tenho as armas…
Com certeza Bruno! Mas a volta ao faroeste a tnica da ideologia de quase 100% dos grupos organizados para defender o no (1).
Discordo com a interpretao que vc deu ao no…
Os corruptos que desejamos combater ficaro felizes com a nossa desesperana, pois quem no tem mais nem isso pode ser manipulado facilmente.
Depois da vitria do no (1) imagino o incio de um grande embate entre a democracia e a desesperana.
Tem uma coisa interessante neste evento. Li literalmente centenas de artigos sobre o desarmamento e notei que h um grupo de campanhas articuladas para nos convencer do no. Uma enxurrada de tcnicas de manipulao do medo e distores dos fatos.
Estes textos articulados esto nos lbios de 9 entre cada 10 pessoas que votam no no (1), gente que votava sim (2) e passou a votar no ao ser dobrada em geral pelo mendo e desesperana, em geral sem ao menos notar…
Vamos ver o que acontece. Felizmente sou humano e falvel. Rogo para estar totalmente errado neste caso ou, vena o no (1) ou o sim (2), estaremos em maus lenis! :-(