Mitologia e a linguagem do inconsciente é um assunto vasto demais para as estreitas colunas de um blog, mas vivemos a emergência da transição de paradigmas.
Vivendo a era dos movimentos instantâneos onde tudo muda três vezes durante um piscar de olhos a nossa tendência é encarar com ceticismo transições mais lentas, principalmente de paradigmas. Entretanto ainda há mudanças invisíveis.
Quem já tentou acompanhar o crescimento de uma árvore entende bem isso: quando notamos que o broto cresceu ele já é uma árvore adulta!
Infelizmente algumas pessoas precisam passar pelo ridículo de falar tolices antecipando os novos ventos e estou entre elas. Não por grandeza, mas por mero impulso!
Talvez exista uma grande diferença entre nossa sociedade e as do passado, a diferença da extensão do controle e da sua capacidade de utilizar os meios de libertação ao seu favor distorcendo-os.
Negamos a influência dos mitos em nossas decisões e formação da percepção da realidade, todavia nossos cinemas estão repletos de heróis, nossa propaganda é tomada por mandalas e símbolos arquetípicos mais antigos.
Tempos atrás, algo em torno de 10 mil anos, o mito da gestação feminina foi substituído pelo mito masculino da criação. Estes mitos ainda nos servem? Será que não mudamos nada em 300 gerações?