Fiquei pensando sobre o papo com o Gato de Botas… Acabei lembrando de um outro papo em um grupo no Multiply que tenta refletir sobre as dubiedades humanas. É um grupo paraaado! Ninguém parece querer falar sobre nossa fragilidade.
A sanidade é frágil, a consciência é frágil, nossa sexualidade é frágil…
Algumas vezes dá para olhar as pessoas na rua e ver no fanático (não necessariamente religioso) o esforço desesperado em achar um chão que preserve sua sanidade. Não precisa procurar muito para encontrar dubiedades da cosciência de gente que afirma uma coisa, pensa outra e faz uma terceira jurando a si mesma que é coerente! Os mais comuns são os machistas e moralistas que lutam desesperadamente para manter sua sexualidade coesa quando talvez nunca tenha sido…
O mais assustador no entanto ocorre ao olharmos para o espelho! Se não faltar coragem vemos todos estes tipos, em maior ou menor grau, olhando de volta para nós logo ali do outro lado do fino vidro do espelho! Pronto para romper a barreira, nos pegar pelos ombros e gritar “me deixe ser livre! Me deixe ser livre!”
A cena é tão assustadora que já não olhamos mais para espelhos, a não ser para ver se o cabelo está como se espera, se não há uma espinha que vá nos envergonhar na rua… Só olhamos fixamente para nossos próprios olhos ao colocar a lente de contato, mas nesta hora olhamos sem ver, sem atenção.
E os dias se passam em uma grande fuga da realidade… Transferimos para fora nossas responsabilidades… O destino fica por conta de deus. Os nossos erros por conta de outro deus, o do mal. Os medos, remorsos e perguntas essenciais nós abafamos com a tv ou a grande tela dos cinemas… Mesmo quando o filme nos chama ao questionamento…
E depois o lunático é o Gato de Botas e o seu companheiro de água de coco no quiosque da praia de Copacabana…