Temos fome de igualdade, de justiça, de comida, de lazer, de arte, de educação (acima de tudo de educação), de saúde, de amor próprio, de segurar as próprias rédeas.

Da cozinha do nosso governo pelo povo, tão sonhado e suado, vem o cheiro dos salgadinhos, mas nada do garçon passar com as bandejas nos levando a pensar que teremos que invadir a cozinha para ver nossa fome saciada!

Na confusão grupos de gente bem vestida (não passam de povo como todos nós, mas tem pose) anuncia nossa incapacidade de seguir adiante pois temos fome…

Ah! Mas nas savanas de onde nossos antepassados sairam, nas densas florestas onde eles fugiam de Anhangá fome não era desculpa! A gente lutava, sobrevivia e conquistava o direito de comer!

Hoje, entre o ronco do estômago e o urro do coração indignado temos que seguir adiante, levantar a cabeça e mostrar nossa têmpera, erguer nossa voz solitária contra a loucura da guerra e da Pax Americana:

“Pode-se, talvez, vencer uma guerra isoladamente. Mas não se pode construir a paz duradoura sem o concurso de todos. Não podemos confiar mais na ação militar do que nas instituições que criamos com a visão da história e a luz da razão”

O pronunciamento é de Luis Inácio, Lula, nosso presidente! Dele temos muito a cobrar, pessoalmente observo desconfiado a competência do seu governo; mas aqui, ao contrário de outros países, todos nós temos o poder de criticar nosso governo, exigir moral da nossa imprensa e lutar por um amanhã melhor.