Tenho a sorte de ter bons amigos! Um deles mandou um artigo de Clóvis Rossi sobre a reação fria da população diante de um crime hediondo onde dois homens negros foram achados despedaçados largados em um Honda Fit com suas cabeças sobre o capô.
Estou para me meter a escrever um artigo antropológico, social e psicológico falando sobre o nosso exílio auto-imposto das florestas para as caixas de realidade artificial e como esse exílio não foi capaz de se estender às nossas almas: ainda estamos presos aos medos e costumes das selvas.
Isso não é só aqui no Brasil… Talvez estejamos enlouquecidos pois abrigamos no peito medos que não existem mais e atribuímos às ruas terrores maiores do que os reais (eu sei, ando por várias delas de madrugada) apesar deles ainda estarem lá em algum lugar… Só não estão tão generalizados quanto nosso medo quer crer.
Então inventamos lendas urbanas para nos apavorar e uma cultura pop que nos anestesia para os nossos monstros imaginários.
Não vejo solução para isso, pelo menos não para a civilização. O melhor com que podemos sonhar é resolver esse problema para nós mesmos tentando, por exemplo, olhar para os personagens de Senhor dos Anéis e ver sensibilidade e amizade e não homossexualismo homossexualidade.
O artigo é bom e a perplexidade totalmente justificada! Espero que cause o efeito de sugerir aos leitores que não se deixem envolver pela onda de banalização da violência que permeia praticamente toda a cultura pop atual.