Observação: alguns anos depois, não sei quando, a foto que ilustrava o post se perdeu e não achei nenhuma dos dois juntos, então deixo uma do Toby.
Esses dois acabam de se tonar pais! Quatro lindos filhotinhos, dois pretos e dois marrons. Só não pergunte o sexo porque não consegui olhar enquanto os movia desajeitadamente da nossa cama – sim, ela resolveu fazer o parto em cima da nossa cama – para o cantinho que preparamos para ela se entocar nas próximas semanas.
O jeito como esses animais tocam as vidas dos donos é algo que somente quem tem a companhia diária deles entende.
A moça à esquerda da foto tem sete anos e parece ter predominância de poodle, a criança (ele fez um ano na semana passada) do lado direito da foto tem predominância de… bom, dá para notar, né? De vira-lata mesmo! ;-)
Ambos foram resgatados (aqui não se compra cachorro, se resgata). Ela passou os 3 primeiros anos de vida restrita a um quartinho de 1x1m e ele foi abandonado com um mês junto com as irmãs numa praça aqui perto.
Este definitivamente é o tipo de blog com raros artigos pessoais, mas algo me deu uma enorme vontade de homenagear nossos cachorrinhos. Um pouco talvez para mostrar que não sou tão estranho e que há traços de normalidades em mim! No entanto creio que o fator principal foi para ter a chance de falar que, mesmo concordando um pouco com a ideia de que não devemos aumentar a população de cães de companhia, eu acho que ter um cão (ou gato) é mais do que uma terapia, é um exercício do que falei outro dia a respeito de tolerância X admiração.
Os cachorros fazem um monte de coisas que incomodam (mesmo os adestrados) e vivem num mundo totalmente diferente do nosso, mas dizer que nós os toleramos é uma estupidez! Nós os amamos justamente por essa irreverência, simplicidade, fidelidade praticamente escrava e submissa…
Todos que falam em tolerar as diferenças deviam ter animais de estimação e prestar atenção a eles. Garanto que muitos deixariam de tolerar as diferenças para passar a amá-las!