We are the world, ajuda ao Haiti, ajuda às vítimas do terremoto no México, ajuda aos países arrasados pelo tsunami.

Hoje passei na locadora aqui do lado de casa, onde pego filmes há quase vinte anos e já sou amigo de todos (os funcionários estão lá faz mais de uma década) e aproveitei para bater um papo. Estava cansado depois de ter o meu home office todo remexido para colocar um novo ar condicionado, fato que me levou a ficar todo torto em outra sala, mas nada disso vem ao caso.

Durante o papo a nossa consultora cinematográfica nos perguntou como o nosso país pode ter tanta gente miserável e mesmo assim se engajar nestas ajudas internacionais que citei lá em cima?

A bem da verdade o nosso não é o único país com problemas que tem mais facilidade em olhar os problemas dos outros do que os próprios.

Fiquei pensando, tem tempo que penso nisso buscando uma explicação.

“Santo de casa não faz milagre”, “um anjo é maior parte para dentro, as pessoas são maior parte para fora”. Frases e pensamentos desconexos que fui lendo ou ouvindo ao longo da vida tentavam trazer sua contribuição.

Tenho a impressão de que a explicação começa aqui:
É mais fácil se preocupar com os problemas dos outros, fazer algo para ajudá-los e depois ir para casa com a sensação de ter ajudado a salvar o mundo do que olhar para os próprios problemas, ato que nos obriga ao segundo passo de encará-los diariamente tentando resolvê-los.