Talvez seja medo dos vivos, ou ainda de nós mesmos; quem sabe é culpa da moderna arte que simplifica tudo para se fazer mais vendável e acaba nos fazendo crer que tudo é simples. Que mal é mal, que pobre é pobre e que o conflito sempre está fora, raramente dentro.

Seja como for estamos cada vez mais acostumados a ver no mal monstros, e não humanos. O imperador da guerra em seu trono nos EUA, os povos das ruas, traficantes nos morros e o vizinho barulhento; todos reduzidos apenas ao seu aspecto mais aparente, sintetizados num quadro disforme e sem humanidade.

Eles jamais foram crianças, não tem amigos e não são capazes de mudar, a não ser pela força de um mistério externo. Será mesmo assim?