Politicamente correto: ter respeito e empatia evitando na linguagem comum expressões ou piadas que causem sofrimento aos outros.

Politicamente incorreto 1: liberdade para ironizar as incoerências da nossa cultura através de piada ou linguajar inadequado.

Politicamente incorreto 2: a prática do assédio moral contra aquilo que é diferente de nós ou semelhante a uma característica nossa que rejeitamos; perversidade.

O desgaste emocional que todos nós sofremos em um mundo que está cheio de sistemas falidos que nos “trollam” o tempo todo e acaba nos tornando meio psicopatas, meio insensíveis, meio incapazes de ter empatia.

Ai vem a necessidade de ser politicamente incorreto no sentido perverso da expressão que é mais ou menos “ter o direito de maltratar os outros por seus supostos defeitos como gordura, cor, sexo, inteligência…”

É só uma “sacanagenzinha” amistosa entre amigos, tão comum, né?

Devemos nos perguntar se há algo errado conosco quando nosso conceito de brincadeira implica em diminuir ou até humilhar nossos amigos.

A “brincadeira” do politicamente incorreto também se estende aos desconhecidos afastando-nos uns dos outros afinal não desenvolvemos empatia pelo que ridicularizamos.

Houve tempos em que as mulheres não podiam trabalhar, tinham que aturar caladas as traiçòes dos maridos… Naquele tempo os “politicamente incorretos” também faziam piadas e, quando as mulheres ficavam pé, se tornavam violentos…

Estamos inseridos em nosso período histórico e todos podemos acabar nos entregando à perversidade do politicamente incorreto quando tudo que queríamos era o politicamente incorreto subversivo que desconstrói o que está com defeito abrindo espaço para o novo.