A gente faz de tudo por quem é família, né? E não falo daquela família mais especial que é a que a gente escolhe: os amigos. Falo da família de sangue mesmo.
Para algumas pessoas a única coisa que a gente compartilha é o código genético e mais nada.
Falo mais especificamente de pai e filho.
Ah! Um é de direita o outro diz que não é nada, mas é de esquerda. Um tem medo o outro pensa que é personagem de quadrinhos. Um é carente o outro se faz de lobo solitário.
Sair de casa construindo nosso próprio caminho é um movimento que a maioria de nós acaba fazendo. É o meu caso.
O mais incrível não são as diferenças que vejo entre eu e meu pai. O mais incrível são as semelhanças que não vejo!
Seja como for, hoje, apesar de todas as mesas quadradas em que espalhamos nossas divergências ao longo das últimas décadas, fui levá-lo para fazer um exame que o apavorava.
O tal exame no final não era nada demais. Ele mal percebeu quando começou e terminou.
Mas mobilizei uma grande amiga para me levar até a casa dele ainda de madrugada – a ideia era levá-lo no carro dele até o hospital.
Fiquei mofando por horas enquanto ele tentava se atrasar e perder a hora do exame.
Contei piadas para animá-lo e não discordei das besteiras que ele dizia!
Lutei contra o sono durante os 15 minutos de duração do exame.
Finalmente cheguei em casa sem condições de tornar o dia útil e dormi por três horas (tinha dormido apenas duas durante a noite) de tarde, coisa que nunca faço!
Pelo menos deu tempo de encontrar com a outra família, aquela que a gente escolhe, no finalzinho da tarde…
Agora, fôlego para escrever… só agora! ;)
Santa Ro…