O mundo passa alheio. Na escada, as pernas cruzadas, sentada no chão sujo, quase tanto quanto ela… O joelho balança involuntariamente, os olhos giram nas órbitas sob pálpebras fechadas. A cabeça oscila como se flutuasse num mar de êxtase. A mendiga mergulha em sua realidade própria entregando-se a devaneios que escapam a nossa percepção.
Mais tarde, do outro lado da cidade uma algaravia escapa do banheiro de um restaurante. Firmemente agarradas à altura das suas majestades mãe e filha gralham impropérios ao faxineiro que bateu à porta para verificar se havia gente… Não havia!
Quando banheiro é alvo de disputa de poder o espírito talvez agonize morte tão sinistra quanto a a dos que o perderam na loucura…