Quando eu tinha uns 14 anos estava na La Campagnola quando dois caras entraram falando que iam embora do Brasil para os EUA. Lembro de ter pensado algo como “puxa! Vai mesmo! Se é para não ajudar a tirar a água do barco então não fica aqui fazendo peso!”.
Algumas décadas passaram desde então e tenho certeza de que houve outros assim cinco, seis e até sete décadas atrás. Sinceramente? Prefiro que as pessoas que desistem partam mesmo para o Canadá como a professora universitária que escreveu um texto colocando sapos cozidos e Einstein na mesma panela (tinha link, o site morreu).
Einstein era físico, aquele da teoria da Relatividade, como, pelos deuses, essa mulher pessoa (mudei em 2019 pois não é por ser mulher) o juntou aos sapos cozidos?
Estas pessoas me incomodam, e não é por nacionalismo não! O problema é que elas são do tipo que resolve os problemas fugindo deles, nada contra, é uma opção, mas não é o tipo de opção que eu tomaria para mim. Muito menos que sugeriria aos outros.
Afinal de contas somos todos sapos sendo cozidos no mesmo planeta maltratado pela voracidade das indústrias, principalmente as de países como o Canadá… A Mariângela Pereira de Albuquerque é tão sapa quanto todos nós, só que a água lá está mais fresca, o que ela vai fazer quando o calor chegar lá? Suicídio? (atualizado em 2019. Suicídio, Roney? Sério?)
Se vamos falar em sapos prefiro dar ouvidos a gente que soma como Luis Carlos Cabrera, diretor da Paneli Motta Cabrera.
Sapos no palito! Sorvete de sapo! Sapo frito! Uma casaa caiaaaaada…
Desculpe, querido. Foi mais forte do que eu.
Beijos,
Carol.
Minha resposta ao seu post e carta dessa professora universitria que foi para o Canad muito longa. Vou mandar por e-mail…
Abrao, Objecto.
objecto@terra.com.br
http://objecto.blogger.com.br
Objecto, recebi o seu texto e gostei muito, no havia pensado nos custos para a sociedade deste pessoal que foge do pas. Sua frase final tambm muito boa e acho que merece ser reproduzida aqui:
“Minha cara professora Maringela Pereira de Albuquerque, “a taa do mundo no nossa”… O Brasil nosso. Sentiremos sua falta, sem mesmo nunca tendo visto a senhora jogar nos campos da Terra Brasilis.”
Carol, talvez a gente devesse mandar uma cpia de As Bicicletas de Belleville (Les Triplettes de Belleville , 2003) para ela aprender um pouco sobre perseverana, n?
Descobri no site do Objecto o email da professora Maringela (maryfromcanada2001@yahoo.com)e enviei a seguinte mensagem para ela:
==//==
Saudaes!
O seu texto com este ttulo falando da sua deciso de deixar definitivamente o Brasil est fazendo sucesso aqui.
Muita gente o reproduz em seus sites e blogs, uns poucos como eu se revoltam com ele e fazem duras crticas. As minhas esto aqui: https://www.roney.com.br/blog/?p=635
Escrevi no calor da indignao e isso ficou bem claro no texto. Gostaria de dizer que entendo que voc provavelmente s estava desabafando e no querendo sugerir aos brasileiros que desistam e pulem fora do Brasil se puderem. Ser arauto da desesperana quase como ser um dos cavalheiros do apocalipse e creio que nehnum de ns quer isso, no ?
Disso tiro a lio de que temos que pensar dez vezes antes de soltar um texto na rede: ele pode fugir do nosso controle muito facilmente.
Abraos,
—
Roney
OLAAA , EU SOU OBRIGADA A CONCORDAR COM VC, ESSE TEXTO DA MARIANGELA NAO TEMP NEM CABEA, REPAROU QUE ELA ESCREVEU EM MARO DE 2002 E TINHA FATOS DE 2004, DO GOVERNO LULA, COMO ELA SABIA?/ AGORA ELA MAE DINAAAAA HAHAHAA PURA MANIPULAA POLITICA, ESSA MULHER NEM EXISTE! E SE EXISTISSE SERIA UMA COVARDE QUE DEIXA O SEU PAS E FICA CRITICANDO EM VEZ DE LUTAR!!!
Desculpem nao concordar com voces. O texto tem embasamento e acho que o 2002 foi um “typo”. Talvez sim exagerou na questao do Dr. Palothi ser medico no lugar de um economista/administrador, mas de forma geral, o povo Brasileiro eh muito bomzinho e vai aceitando as coisas… A nossa democracia ainda eh jovem demais e as pessoas acomodadas e nao acreditam que quem faz o pais eh a populacao mesmo… Severino, presidente da camara dos dept. federais! Meu fala serio!
Parabns!
Quando recebi por e-mail o artigo da professora Maringela, como se fosse algo que acrescentasse …… fiquei indignada. No me contive (isso no uma caracterstica comum da minha personalidade) e de imediato enviei um e-mail a ela questionando sua irresponsabilidade por ter escrito algo que no corresponde a realidade do nosso Pas alm da sua omisso aos tantos problemas que nos aflige. Virar s costas, no na minha opinio, uma coisa que se deva orgulhar… pode-se apenas entender… afinal nem todas as pessoas do mundo esto dispostas a lutar pelo que acreditam. H aquelas que preferem atirar pedras.. bem de longe claro, na certeza de que estas no lhes voltem testa.
Ao ler o que vc escreveu sobre o assunto me senti melhor… no estou ficando louca..Obrigada
Rose,
Receber o seu comentrio tambm foi muito reconfortador! Os tempos em que vivemos so um bocado conturbados, a era da incerteza como j disse Galbraith, e manter uma viso ao mesmo tempo crtica e no fatalista acaba nos deixando meio sozinhos no meio da desesperana generalizada.
Abraos!
H tantas incongruncias e contradies no que ela escreveu que d preguia at de falar a respeito. Eu poderia fazer um compndio de resposta a ela… Pena que no tenho vontade para isto
Tomara que este ser no venha mais ao Brasil mesmo. S para comear, no d para comparar salrio de bab do Canad com professor aqui . Uma professora de Macroeconomia deveria saber que existe uma coisa chamada Custo de Vida.
Alm disso uma pessoa com boa formao acadmica (em uma boa Universidade se aprende como primeira lio
a iseno e a objetividade), no utiliza apelos emocionais e no fica indignada se a outra usou ou no botox, pois isto deveria ficar fora de uma discusso sria.
Eu, pessoalmente, acho que ela uma brasileira frustrada e triste onde mora e est tentando se convencer de que fez uma boa escolha.
O texto da Sra. Maringela Pereira de Albuquerque bom, mas tambm tenho irmo que mora no Rio de Janeiro. E a situao do Rio infelizmente deteriorou-se desde que se reinstalou-se a democracia no Brasil com o falecido Sr. Tancredo Neves, que sequer chegou a ocupar a presidncia. Assim em nome de um um pas livre, sem ditadura, imprensa livre, confundiu-se democracia com a anarquia plena. Principalmente na cidade do Rio de Janeiro, que o Sr. Brizola tambm, confundiu mais ainda o militar, que teria que fazer o patrulhamento extensivo, com “ditadura”. Todo morador do Rio sabe perfeitamente que ele ordenou aos comandantes dos quarteis militares a “No subirem nos morros”. E isto foi o que fez o Rio ser o que hoje. Professia comprida e prevista pelo Sr. Presidente Joo Batista Figueredo. A profecia era “Chegar um dia em que o morro descer as ruas…”. E este tempo j chegou a muito tempo. Figueredo no tinha medo nem da direita reacionrio, nem da esquerda zomza de tomar caf nos bares de intelectuais. Ele tinha mdo da populao dos morros, de como control-los, j que a igreja catlica, contra o controle de natalidade. Mas esta muito atrazada apoiou o movimento de “Diretas J”, no foi to rpida quanto em 64 para apoiar o golpe militar.
Para finalizar, sugiro que a Sra. Maringela Pereira de Alburquerque, venha a morar novamente no Rio de Janeiro, ou em So Paulo, onde os ndices de criminalidades so to altos quanto os do Rio, mas sempre expurgados, como a ditadura expurgava os indices negativos de inflao. E quando ela estiver no Brazi, digo, Brasil, e no no Canad, ela lembrar que ela pode se queixar dos polticos brasileiros, mas no pode incomodar ningum do crime organizado diretamente, pois eles esto agindo em conjunto com polticos ligados ao Congresso Brasileiro, sem sombras de dvidas. Basta ver as leis que nossos polticos aprovam no congresso: “leis que dizem que os bancos devem ter portas giratrias, os empregados de servios de segurana devem ter coletes a prova de balas, etc…”. E depois pesquise em nome de quem estas firmas esto, ou quem so seus scios, seus investidores. Veja quem realmente est lucrando com o aumento da violncia: polticos velhacos que participam dos lucros de empresas de materiais de segurana, ex-coronis que montaram de empresas de segurana, a indstria de seguro, de automveis, imobiliria,
de celulares…, tudo hoje visto com o foco da segurana, mas quem verdadeiramente lucra com a INSEGURANA DA POPULAO?
haroldo kennedy clebicar nogueira.
Uau…
Errrr… No compartilho esta viso radical de direita, bem inversa minha na verdade, mas que flego o seu, Haroldo!! :-)
Fcil falar quando se est no bem bom do Canad… Mas o fato que eu acho que isso a um hoax, um factide de internet. Fiz uma busca no Google e o nome da mulher s aparece relacionado a esse texto. Se fosse mesmo uma professora universtria o nome dela apareceria, seno num site de universidade, ento na Capes. Mas nem isso rola. Pra mim, hoax fabricado por tucano pra queimar o filme do PT, Lula e Marta. Hoje assim que os caras fazem propaganda…
No sou petista, mas moro em So Paulo e a administrao da Marta foi exemplar. Ela estimulo e muito a participao popular na gesto, principalmente na perifa da cidade.
Fazer poltica de higiene social, mandando polcia exterminar o povo no morro como rola no Rio (mas no tanto na gesto Brizola) ou removendo favelas na marra e colocando jardim no lugar e mandando o povo pros cafunds da cidade como fez o Serra e o Alckmin em So Paulo um tipo de democracia muito semelhante democracia grega na qual nem todos participavam pois nem todos eram considerados cidados. A poltica tucana assim tambm. Nela, s quem pode participar e decidir a iniciativa privada e a elite poltica e econmica.
O povo brasileiro no bunda, no. Quando o estado o ignora o povo faz poltica com as prprias mos. S quem vive nos bairros ricos que no consegue enxergar.