Em algumas comunidades do Orkut rolam boas e acaloradas discussões, mas elas não podem ser achadas nos mecanismos de buscas da vida, então decidi colocar aqui os assuntos mais interessantes.
Aguém perguntou na comunidade Física sobre Deus e seus desígnios. Esta foi a minha resposta:
Deus e a Física
Vou tentar ser suscinto…
Creio que o nosso primeiro passo deve ser separar a mitologia da teoria que venhamos a desenvolver…
Digamos que haja uma consciência que existe desde antes da formação do Universo (e esta questão já é complexa, já que o próprio tempo está ligado ao surgimento do Universo). Neste caso, as religiões podem ser tentativas da nossa espécie de descrever algo que ela percebe intuitivamente… Neste ponto vale a pena refletir sobre as teorias linguísticas de Noam Chomsky que propõe que nossa constituição biológica define nossas formas de linguagem. Podemos extrapolar e supor que a semelhança das religiões é também fruto de nossa “história” biológica e evolutiva.
Ainda assim, supondo que esta super-consciênca com 14 bilhões de anos exista, todos nossos esforços certamente se limitarão a arranhar sua superfície; parecido com o que acontece com qualquer teoria sobre como era o espaço antes do surgimento do Universo…
Com isso, temos que as religiões podem ser, no máximo, descrições de insights sobre uma forma de consciência que estamos longe de compreender. Em outras palavras, Uma visão fortemente influenciada pelas nossas experiências culturais que acabam dando feições humanas a ela.
Então chego ao ponto: Tudo ao seu tempo…
Até onde posso notar fazendo uma revisão mental da teoria M, física quântica, cosmologia etc. as únicas manifestações de uma consciência superior estão em campos do conhecimento ainda mal explorados, portanto ela pode estar lá brincando com os quantas (blocos básicos que formam elétrons nêutrons etc.) ou podemos simplesmente não ter compreendido este fenômeno adequadamente. Desta forma Deus talvez não exista! Seja como for, não creio que nossa ciência seja capaz – no estágio atual – de produzir uma teoria consistente a este respeito.
E apesar disso tudo sou mais um a sentir intuitivamente que o Universo parece aspirar a uma forma de consciência. É apenas um insight que pode não passar de um traço da nossa mente primitiva e sujeita ao encantamento diante das maravilhas inescrutáveis do Universo! Seja como for se essa consciência existe o máximo que podemos afirmar cientificamente é que ela não tem o costume de interferir em grandes coisas embora talvez se faça notar em pequenas sincronicidades e de uma ordenação fascinante que produz fenômenos como sincronicidades, os números complexos, a série de Fibonacci e outros “sinais”.
A resposta para as suas perguntas? Acho sadio que elas sejam feitas e discutidas filosoficamente, mas suspeito que ainda temos muito chão pela frente antes de chegar perto de um entendimento científico parcial!
Ah! Em tempo! Nada do que declarei aqui deve ser considerado mais do que mero exercício teórico!