Olha a fria em que me meti: publicar sábado que vem um vídeo sobre falácias…
Ai olho para minha TL e vejo que nem sei por onde começar… Não basta listar as falácias pois parece que muita gente as acha de alguma forma um recurso argumentativo válido…
Falácia só serve para mostrar que aquele que a usa não tem argumento válido.
Vejo gente falando que admira que Israel mate 1000 palestinos para cada israelense morto o que não só é ilógico e injusto como é absurdo. Ainda estou me perguntando se ele estava defendendo ou atacando Israel…
Vejo uma imagem de moças protestando contra o sexismo da Marisa (loja de roupas) com a nota: “protesta contra a Marisa, mas usa Nike” qual é a relação? As acusações da Nike empregar trabalho infantil? As moças protestavam contra o sexismo e não contra trabalho infantil, podem até achar lindo crianças escravas no oriente sem constituir qq contradição lógica.
Na Veja vemos comparações como “Se não gosto de quiabo tenho direito de falar que não gosto de quiabo, se não gosto de gay tenho o direito de dizer que não gosto de gay” HEIN??? E o pior é que, a julgar pelos comentários, é necessário explicar por que isso é absurdo…
Venho pensando nesse vídeo há meses, meio que atrasei o vídeo anterior envolto nas dúvidas sobre como abordar isso.
Me parece bem claro que o problema não é a vulnerabilidade do nosso raciocínio ao pensamento falacioso, mas à interferência emocional sobre a construção dos argumentos: nós já decidimos que conclusão queremos que pode ser “feministas são hipócritas” ou “homossexuais devem ser afastados dos meus olhos pq me incomoda” e parte-se para montar argumentos para isso…
Como convencer as pessoas que nesses casos as emoções são obstáculos terríveis entre nós e uma vida mais plena?
No mínimo dirão que sou hipócria por ser ateu e falar em sabedoria ou vida plena…