Sob cada post deste blog há uma pergunta recorrente: “você vai passar pela vida ou pretende deixar a marca da sua passagem?”

A história é quase sempre uma senóide, uma onda com suas cristas e vales. Hora vemos o avanço frenético da cultura, filosofia e tecnologia, outra hora não há nada para ver, apenas um vácuo de intermédio. Mas esta é outra história, e talvez nem seja uma história coerente já que a própria Idade Média foi repleta de avanços.

O que importa é que vimos os grandes movimentos na década de sessenta quando nasceram a dança contemporânea, a nova literatura, novas formas de artes plásticas e toda a luta por direitos e igualdade. Então o fogo se extiguiu, ou pelo menos se recolheu para baixo da terra onde arde esperando pela primavera. Mas isso também não é o nosso assunto!

A questão é… Será que estão errados os que simplesmente vivem a vida sem deixar sua marca, sem ter outra opinião que não a da maioria e que reduzem a vida humana aos prazeres mais primitivos representados pela satisfação pura e simples?

Apenas para que não fique vago, explico. Grande parte dos nossos prazeres são muito semelhantes aos que os demais animais são capazes de ter, é a capacidade de obter prazer estético que nos diferencia dos animais, e admirar arte é um hábito incomum em nossos dias, não acha?

Por outro lado ser humano é cansativo! Ainda ontem não passávamos de animais farejando por comida nos galhos das árvores. Talvez tenhamos que descansar da humanidade de tempos em tempos e nos atirar em prazeres simples…