Sobre um palco circular com meros 4 metros de diâmetro, as luzes dos holofotes afastam o presente criando, pela mágica do devaneio, uma janela para mais de dois milênios e a tragédia de Medeia e Jasão, a tragédia das paixões humanas irracionais, a tragédia da consciência.

O experimento de sons, movimentos e imagens bem sucedidos perturbam o espírito e o urro desesperado de Jasão ecoa através de várias civilizações até nos atingir com força! “A maior maldição é existir e ter consciência de ser!”

Enquanto o pequeno esquilo atravessa as estações, preocupado apenas com o prazer do sabor da noz ou com o medo do gavião que sobrevoa sua árvore, nos entregamos à tempestade da consciência, às paixões e temores que produzem o ódio, assim como o amor incondicional.

Diante da tragédia de Medeia, que se repete nos noticiários, temos que nos perguntar se a consciência vale o seu preço.